Juliana Chaar morreu atropelada durante confusão em bar em Rio Branco. Foto: cedida
A assessora jurídica Juliana Chaar, morta em um atropelamento no dia 21 de junho em Rio Branco, teve seu nome na lista de aprovados no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), divulgada na segunda-feira (7). A vítima havia realizado as duas fases da prova, realizadas em abril e junho deste ano.
O resultado, aguardado com ansiedade pela família, chegou como uma mistura de orgulho e dor. Juliana foi atropelada após um episódio de violência que começou com tiros disparados pelo advogado Keldheky Maia, amigo dela. O suspeito pelo atropelamento, Diego Luiz Gois Passo, de 27 anos.
Primo da vítima, o advogado Vandré Prado destacou a dedicação de Juliana aos estudos. “Era algo que ela se dedicou bastante. Sabíamos das dificuldades que enfrentou para se preparar. Se estivesse aqui, estaríamos todos celebrando. Em vez disso, é mais um dia de dor”, desabafou.
O exame da OAB é obrigatório para o exercício da advocacia. A família agora luta por justiça enquanto tenta processar a perda de quem, mesmo após a morte, conquistou o sonho da carteira profissional.
Por meio de uma rede social, o presidente da OAB Seccional Acre, Rodrigo Aiache, parabenizou os aprovados, mas também relembrou Juliana. Aiache pediu ainda justiça e manifestou solidariedade à família da jovem.
“Sua aprovação póstuma é um tributo à sua capacidade, à sua força e ao seu sonho”, escreveu.
Nome de Juliana Chaar saiu entre aprovados na OAB-AC. Foto: captada
Quase três semanas após a morte da assessora jurídica Juliana Chaar, aprovada no exame da OAB dias após o crime, o mandado de prisão contra Diego Luiz Gois Passo, de 27 anos, acusado de atropelá-la, ainda não foi cumprido. A Polícia Civil informou que o delegado Cristiano Bastos, responsável pelo caso, só se manifestará após a conclusão do inquérito.
A defesa de Passo afirmou que aguarda resposta sobre o pedido de revogação da prisão, mas não confirmou se o acusado pretende se entregar. Enquanto isso, a família de Juliana expressa frustração com a demora na captura.
Parentes da vítima, que vivem entre a dor da perda e o orgulho por sua aprovação póstuma na OAB, esperam que o caso não fique impune. “Queremos justiça. Ele não pode continuar livre depois do que fez”, disse um familiar, que preferiu não se identificar.
O crime ocorreu após uma discussão envolvendo tiros disparados por um amigo de Juliana, que foi preso e depois liberado. A tragédia ganhou novos contornos com a aprovação da vítima no exame da Ordem, sonho que ela não pôde comemorar. Agora, a esperança da família é que a investigação avance e o suspeito seja responsabilizado.
A Polícia Civil informou que o delegado Cristiano Bastos, que está à frente da investigação, deve se pronunciar ao final do inquérito. Foto: captada