Feminicídio: lavador de carros é condenado a quase 24 anos de prisão por morte de chilena

Na mesma decisão, o juiz decretou a prisão preventiva de José Vagner Pedroza e negou o direito de recorrer da sentença em liberdade

Agência de Notícias do MPAC
Em júri popular realizado nesta quarta-feira (2), o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) conseguiu a condenação a 23 anos e oito meses de prisão, em regime fechado, do réu José Vagner Pedrosa Bezerra, acusado de matar a facadas a malabarista chilena Karina Constanza Bodadilla Chat. O crime ocorreu em 1º de fevereiro, nas imediações do estádio Arena Acreana, em Rio Branco.
O veredito do jurado saiu após um dia todo de trabalho em plenário. A sessão na 2ª Vara do Tribunal do Júri da capital foi presidida pelo juiz Alesson José Santos Braz e a acusação ficou sob comando do promotor de Justiça Efrain Enrique Mendoza Mendivil Filho.
Réu confesso, José Vagner foi condenado pelo crime de feminicídio por motivo torpe e utilizando recurso que dificultou a defesa da vítima, além de furto.

O crime

Consta na denúncia que José Vagner, embora fosse casado, manteve breve relação amorosa com Karina Constanza, que chegou ao Acre após passagem no Peru. O plano dela era percorrer o mundo, sem fixar residência, aprender novos idiomas e ainda trabalhar em cruzeiro. Para obter dinheiro, ela fazia malabarismos nas ruas.
No dia do crime, a vítima teria ido ao apartamento do acusado, oportunidade em que teria comunicado que seguiria em viagem, o que não lhe agradou. Dirigindo-se a pé à rodoviária, ela foi seguida pelo acusado e atacada com 24 golpes de faca. Embora tenha conseguido pedir ajuda de populares e recebido socorro médico, não conseguiu resistir.
Ainda quando Karina Constanza procurava socorro, o réu se teria se aproveitado da oportunidade e levado consigo todos os pertences da vítima. Parte deles escondeu em um terreno baldio e outros, como mochilas e violão, deixou na casa de um conhecido.

Luciano Tavares

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Assessoria