Por Iryá Rodrigues, G1/Acre
Ela vai representar o estado no concurso nacional, que ocorreu no dia 8 de março, Dia da Mulher, em São Paulo (SP). Orgulhosa e com a autoestima lá em cima com o título, Pollyana diz que voltou a se gostar depois de ter sido selecionada.
“Sempre fui gordinha e passava pelo chamado ‘efeito sanfona’. Mas, em um ano, aumentei muito de peso e as pessoas ficavam me zoando. Dentro de casa mesmo, minha mãe ficava falando e aí eu não gostava disso. Eu tinha vergonha de sair nos lugares, tem ainda a dificuldade de comprar roupa. Fiz isso para tentar mostrar mais esse universo diferente que também tem beleza”, conta.
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Pollyana, que tem 1.68 metros, usa manequim 50 e pesa 105 quilos, conta que nunca sonhou com a carreira de modelo ou participou de concursos. No ano passado, ela decidiu que ia mostrar sua beleza e procurou se inscrever no concurso. O resultado saiu em dezembro de 2017.
“Procurei saber se tinha algum concurso de beleza no estado, vi que não tinha e encontrei pela internet que tinha a inscrição para fazer para o Miss Brasil Plus Size, fiz a inscrição em agosto do ano passado e quando foi em dezembro me ligaram dizendo que eu tinha sido selecionada e eleita”, diz a jovem.
Ansiosa com o concurso, a farmacêutica conta que viaja no dia 5 de março para os ensaios antes do dia da premiação. Segundo ela, o desfile ocorre com três trajes, um típico, de maiô e um de gala. “Ainda estou organizando como vai ser. Mas, estou muito ansiosa”, comenta.
Pollyana deixa uma mensagem para as mulheres que estão acima do peso. “Não faço apologia à obesidade, mas cada um, independe de querer emagrecer ou não, tem que ser feliz com o que é. Que se olhe no espelho e se sinta bonita. Eu me olhava no espelho e não gostava do que eu via. Mas ter sido eleita como miss, me fez ficar mais segura ainda de mim”, conclui.