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Após quase 2 meses foragido, suspeito de matar motorista de aplicativo em Rio Branco é preso no interior do AC

Talisson de Souza Gama tinha recebido prisão domiciliar para tratamento médico no último dia 13 de junho e rompeu tornozeleira eletrônica dois dias depois. Ele foi capturado em Cruzeiro do Sul na última sexta-feira (11).

Talisson de Souza Gama tinha recebido prisão domiciliar para tratamento médico e rompeu tornozeleira dois dias depois — Foto: Arquivo

Talisson de Souza Gama, de 27 anos, suspeito de participar da execução do motorista de aplicativo Rener Silva de Menezes em abril deste ano, em Rio Branco, foi preso pela Polícia Civil de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. Ele estava foragido desde o último dia 15 de junho, quando rompeu a tornozeleira eletrônica. A prisão do suspeito ocorreu na última sexta-feira (11).

De acordo com a Polícia Civil, ele conduzia uma motocicleta no bairro Cobal quando foi abordado pelos policiais que constataram que ele era foragido da Justiça.

Após a identificação do suspeito, ele foi conduzido à delegacia da cidade e está à disposição da Justiça.

“Ele tentou se esconder aqui mas as guarnições estão atentas nas ruas fazendo patrulhamento e abordagens rotineiras. É um recado que deixamos: Cruzeiro do Sul não é uma terra sem lei. As forças de seguranças estão trabalhando de forma integrada e estamos atentos para cumprir nosso dever”, disse o capitão Daniel Teixeira, do Comando de Policiamento Especializado do município.

O crime

 

O motorista de aplicativo Rener Silva de Menezes foi baleado no dia 30 de abril com cerca de 11 tiros no tórax, nas costas e cabeça e morreu no local. Outros dois homens também foram feridos a tiros na ação. O crime ocorreu na Rua Cunha Matos, região da Gameleira, no Centro da capital.

Câmeras de monitoramento do projeto municipal “Rio Branco Mais Segura” flagraram a ação dos criminosos durante execução do motorista.

Segundo a Polícia Civil, Menezes estava com um passageiro e teria parado o veículo para trocar um dinheiro. O passageiro não foi atingido. Dois rapazes que estavam próximos também ficaram feridos e foram levados para o pronto-socorro pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Um dos homens foi atingido na perna e o outro no tórax e no abdômen.

Imagens mostram correria durante tiroteio na madrugada de domingo (30) que deixou um morto e dois feridos — Foto: Reprodução

Mais de um mês dias após o crime, Talisson e outro suspeito foram presos no bairro Alto Alegre, em Rio Branco. No caso de Talisson, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) havia informado que o detento recebeu prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica, no dia 13 de junho. O benefício foi concedido pela 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco.

Contudo, dois dias depois, ele rompeu o equipamento e ficou foragido.

O advogado dele, Romano Gouveia, informou na época que ligou para a mãe do jovem assim que soube do rompimento da tornozeleira, para confirmar a situação, e orientou que ele se apresentasse ao Iapen e não se ausentasse quando fosse chamado em juízo.

“Ele está debilitado, então, por causa disso, o juiz foi muito cauteloso em dar a prisão domiciliar humanitária, enquanto ele se recupera. A defesa não concorda com o rompimento da tornozeleira, a mãe dele me disse que ele estava com medo de voltar ao presídio. Nós entendemos que ele tinha que cumprir as ordens judiciais justamente para depois provar sua inocência. Romper tornozeleira não é orientação da defesa em momento algum”, afirmou o advogado.

Cumprimento de mandado de prisão foi feito no dia 3 de junho no bairro Alto Alegre — Foto: Arquivo/PC-AC

Ele, que já era alvo de investigação da Polícia Civil por outros homicídios, foi ferido com tiro durante uma abordagem policial ocorrida no dia 1 de maio no Centro de Rio Branco. Na época, Gama foi preso e levado ao Pronto Socorro de Rio Branco, mas acabou sendo posto em liberdade.

A DHPP seguiu com a apuração da morte do motorista de aplicativo e no dia 12 de maio e pediu a prisão preventiva dos suspeitos do crime, tendo sido deferida pela Justiça em 2 de junho. Por isso, o suspeito foi novamente preso com seu comparsa no dia 3 de junho. Um terceiro envolvido no homicídio ainda não foi preso.

No dia da prisão da dupla, o delegado responsável pelas investigações, Cristiano Bastos, informou que tinham sido cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão contra os suspeitos de envolvimento no ataque criminoso.

“Eles serão indiciados por homicídio qualificado e dupla tentativa de homicídio qualificado, respondendo ainda por integrar organização criminosa. São envolvidos com organização criminosa e estavam realizando ‘ataques’ em bairros rivais pela cidade”, afirmou o delegado à época.

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Publicado por
G1 Acre