Após corte de gratificação, servidores do Deracre paralisam atividades

Funcionários afirmam que tiveram redução de R$ 840 no salário.
Sindicato se reúne com categoria para negociar paralisação.

G1

Servidores dizem que gratificação de R$ 840 foi cortada desde janeiro (Foto: Aline Nascimento/G1)

Operadores de máquinas, mecânicos, motoristas e fiscais rodoviários do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre) paralisaram as atividades nesta terça-feira (10) para exigir o pagamento da gratificação de campo prevista na lei 1.413 de 2001, a qual assegura aos servidores designados para o trabalho em regime de acampamento. De acordo com eles, desde janeiro, o valor de R$ 840 não foi pago para alguns, outros tiveram a gratificação reduzida em 50%. No pátio da empresa, na AC-40 em Rio Branco, eles protestaram.

De acordo com o operador de máquinas, Manoel Martins, de 57 anos, mais de 200 funcionários alegam que tiveram a gratificação cortada. “Nos disseram que foi determinação do governo para enxugar a folha, mas isso é lei. Nos disseram que não estamos trabalhando, mas o Deracre não tem máquina, não tem nada e a culpa é nossa?”, questiona.

José Elias, de 48 anos, é fiscal rodoviário e diz que o valor foi cortado em janeiro. “Está na folha de pagamento como se estivéssemos recebido, mas não pagaram. Vamos paralisar, é isso que temos que fazer, pois estamos no prejuízo”, lamenta.

O sindicato da categoria se reuniu ainda nesta terça com representantes do departamento. De acordo com Leandro Knorst, da diretoria administrativa e financeira do Deracre, o governo deve cumprir o que está na legislação e nega que os valores estejam constando nos contrachques e não na conta dos servidores.

“Todos recebiam, mas pode ser que tenha acontecido algum problema de enquadramento, servidores em função errada. A lei prevê esse pagamento para quem está designado a atividades externas, não recebe quem trabalha na sede”, enfatiza.

Ele diz ainda que os casos devem chegar a 20, pois, os outros devem estar relacionados a enquadramento. “E se está no contracheque ele vai receber, pois é o reflexo do trabalho dele, não tem como não receber”, garante.

Comentários

Compartilhar
Publicado por
Alexandre Lima