Após 20 anos, servidores da extinta Cila ainda lutam para receber direitos trabalhistas

Da redação, com Gina Menezes

Maria de Lurdes Macedo, 59 anos, foi uma das dezenas de manifestantes que estiveram nas galerias da Aleac para pedir apoio para receber o que a Cila lhe deve.

Servidores da extinta Companhia Industrial de Laticínios do Acre (Cila) estiveram na manhã de quinta-feira (27) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) pedindo apoio dos deputados para receberem os precatórios, instrumento pelo qual o Poder Judiciário requisita à Fazenda Pública o pagamento ao qual a companhia tenha sido condenada em processo, em favor destes servidores, por conta de direitos trabalhistas que eles jamais receberam.

Maria de Lurdes Macedo, 59 anos, foi uma das dezenas de manifestantes que estiveram nas galerias da Aleac para pedir apoio para receber o que a Cila lhe deve.

Maria de Lurdes Macedo, 59 anos, foi uma das dezenas de manifestantes que estiveram nas galerias da Aleac para pedir apoio para receber o que a Cila lhe deve/Foto: Agência ContilNet

A ex-funcionária da extinta companhia tem como lembrança dos mais de 10 anos de trabalho prestados à Cila uma imensa cicatriz no braço esquerdo, oriunda de um acidente de trabalho pelo qual nunca recebeu um único centavo de indenização.

Lurdes também não recebeu nenhuma parte do valor dos direitos trabalhistas aos quais tem direito.

“Até hoje, não recebi nada. Considero isto um imenso absurdo”, diz.

Os servidores receberam apoio verbal de alguns deputados, como é o caso do líder do PSDB na Aleac, Wherles Rocha, que afirmou que se faz necessário que se aja com urgência, a fim de atender aos pedidos dos servidores da Cila.

“Há 20 anos estão lutando para receber este dinheiro. Muitos faleceram esperando para receberem um dinheiro que é deles”, declara.

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Publicado por
Alexandre Lima