O índice de aprovação de Evo Morales baixou de 76% em novembro para 55% em março, após o referendo que rejeitou sua quarta reeleição e do escândalo envolvendo uma antiga companheira do presidente boliviano, revela uma pesquisa do instituto Mori divulgada nesta segunda-feira.
A imagem de Morales foi afetada “principalmente pelo referendo” de fevereiro, destaca a pesquisa, encomendada pelo jornal “El Deber”.
O referendo negou uma nova candidatura de Morales para o período de 2020-2025. No total, 51,3% da população rejeitou a proposta de reforma constitucional que favoreceria Morales.
A mesma pesquisa revela que “64% acreditam que o presidente mente” sobre sua relação com Gabriela Zapata, que teve um filho com Morales cujo paradeiro é ignorado.
Zapata, 28 anos e ex-gerente da empresa chinesa CAMC, que obteve contratos milionários com o governo boliviano, está presa há um mês por lavagem de dinheiro e ilícito.
A pesquisa foi realizada na semana passada com 1.107 pessoas nas cidades de La Paz, Santa Cruz, Cochabamba, Tarija e El Alto, com margem de erro de 2,94%.
Morales, que governa a Bolívia desde 2006, chegou a ter a aprovação de 80% da população, no início do ano passado.