Apesar das disputas, família Cameli e governo do PT firmam contrato milionário em obra inacabada

O acordo de Empréstimo N° 7625/BR/PROACRE/BIRD) foi assinado em abril de 2014 e era para estar concluído em dois anos (730) após a assinatura do contrato. Ou seja, a obra deveria ter sido entregue em meados de 2016.

Tião Viana com o empresário Eládio Cameli e César Messias/Foto: Altino Machado

A relação entre as empresas da família do senador Gladson Cameli e o governo petista de Tião Viana é um fato ainda a ser explicado para a população do Acre. Somente em um contrato entre a empresa “Construtora Colorado”, de propriedade de Eládio Cameli, pai do senador Gladson, e o Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) foi concedido um aditivo de valores de mais de R$ 3 milhões de reais. A obra, que deveria ter sido concluída em 2016, ainda se arrasta sem prazo para entrega.

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Conforme consta no Diário Oficial do Estado do Acre (DOE) desta sexta-feira (16) o aditivo contratual foi de R$ 4.450.586,72, mas com uma supressão de R$ 1.387.389,31, resultando em um acréscimo total e final de R$ 3.063.197,41.

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Com isso, o valor atualizado do contrato passa ser R$ 26.532.105,83. O contrato foi assinado pelo presidente do Depasa, Edvaldo Magalhães, e Orleison Gonçalves Cameli, pela empresa.

Obra esticada além do prazo contratual

O contrato entre o governo do Acre por intermédio do Depasa (NCB N° 038/2014; Acordo de Empréstimo N° 7625/BR/PROACRE/BIRD) foi assinado em abril de 2014 e era para estar concluído em dois anos (730) após a assinatura do contrato. Ou seja, a obra deveria ter sido entregue em meados de 2016. Mas isso não ocorreu e o contrato foi prorrogado. Dois anos depois a obra ainda não foi concluída e o prazo foi novamente alongado.

O objeto do contrato foi a “contratação de empresa para execução das Obras de Infraestrutura de Urbanização e Saneamento Básico da Área Urbana do Município de Marechal Thaumaturgo”, com valor incial de R$ 24.152.420,15.

Enquanto Estado e empresa atrasam e aumentam o valor inicial da obra, a população da isolada cidade de Marechal Thaumaturgo sofre com um sistema de saneamento incompleto.

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Publicado por
Marcus José