Na última quinta-feira, o estado do Acre viveu um cenário preocupante ao ser atingido por um apagão que durou cerca de quatro horas, paralisando completamente a economia local. O incidente, que afetou também o estado de Rondônia, expôs uma fragilidade que muitos não imaginavam: a dependência quase total de ferramentas digitais para realizar transações financeiras.
Durante o apagão, consumidores e comerciantes enfrentaram grandes dificuldades, pois a maioria das transações hoje em dia é feita por meio de cartões de crédito e débito, PIX, e transferências bancárias. Sem energia e internet, esses meios se tornaram inacessíveis, deixando compradores e vendedores em um impasse. Aqueles que não tinham dinheiro em espécie se viram incapazes de realizar qualquer tipo de compra.
A situação foi especialmente crítica para pequenos comerciantes, que dependem do fluxo constante de vendas para manter suas atividades diárias. Muitos relatos indicam que mercadinhos, padarias, e outros estabelecimentos menores simplesmente não puderam realizar nenhuma venda durante o período do apagão. Mesmo os grandes estabelecimentos, que costumam ter geradores, enfrentaram problemas, pois a falta de conexão com as redes bancárias inviabilizou a operação dos terminais de pagamento eletrônico.
A economia, por assim dizer, “congelou”. Durante essas quatro horas, o Acre viveu uma realidade que parecia ter ficado no passado, onde o dinheiro em papel era a única moeda válida. Este apagão serviu como um lembrete de como a infraestrutura de energia e telecomunicações é vital para o funcionamento da economia moderna e como a falta de alternativas em momentos de crise pode ter um impacto devastador.