“Ao rigor da lei, Indústria Peixes da Amazônia poderia ter sido fechada”, diz Superintendente do MAPA no Acre

Jairo Carioca

“Ao rigor da lei, Indústria Peixes da Amazônia poderia ter sido fechada”, disse o Superintendente do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) no Acre, Luziel Carvalho. Ele aceitou gravar entrevista com a reportagem do ac24horas, após a repercussão dos fatos envolvendo a instituição, acusada de comercializar produtos fora dos padrões para consumo humano.

Luziel Carvalho

Em seu gabinete, na sede do MAPA, na Avenida AC 40, em Rio Branco, Carvalho abriu o sistema de fiscalização do órgão e mostrou os laudos que confirmam exames realizados na Industria Peixes da Amazôna, que identificam a presença de salmonella nos lotes de tambaqui, pintado e pirarucu, como a reportagem informou com exclusividade.

“O Ministério da Agricultura no Acre cumpre o seu papel institucional que é o de preservar pela qualidade dos produtos industrializados e a saúde humana. A Peixes da Amazônia apresentou um plano de ação ineficaz, tanto que novos exames detectaram a presença de salmonella, isso é um problema de gestão e não do Ministério”, acrescentou o superintendente.

No debate travado entre deputados de oposição e situação, na Assembleia Legislativa do Acre, o líder do governo, deputado Daniel Zen, tentou desqualificar as informações levando a denúncia séria para o campo político. O parlamentar foi desmentido pelo colega de partido, deputado Lourival Marques (PT), que confirmou os fatos envolvendo a indústria de peixes.

“O deputado Lourival Marques tomou café aqui no Ministério, eu fiz questão de levá-lo para receber as informações do setor de fiscalização que explicou detalhadamente, o medida cautelar tomada por essa instituição, esclarecendo que para não ir de encontro a política de desenvolvimento do estado, amenizamos a cautela. O que não podemos é fechar os olhos para um caso grave como este”, comentou Carvalho.

O Superintendente voltou a esclarecer que a indústria pode comprar o produto e produzir, mas a comercialização está sujeita a fiscalização e realização de exames fora do estado. “Se a Peixes da Amazônia vai normalizar ou não essa situação, isso depende somente da sua gestão”, concluiu o superintendente.

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Publicado por
Alexandre Lima