Anvisa retira exigência de estudo em fase 3 para vacina contra Covid-19

A mudança no guia que estabelece requisitos mínimos pode abrir caminho para um pedido de uso emergencial pela indiana Bharat Biotech, empresa responsável pelo desenvolvimento da Covaxin.

Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Anvisa informou que irá se pronunciar oficialmente ainda nesta quarta.

Kenzô Machida da CNN

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá modificar os requisitos mínimos para pedidos de uso emergencial de vacinas para Covid-19 nesta quarta-feira (3), segundo apurou a CNN.

A partir da mudança no texto, a Anvisa não fará mais a exigência de que a vacina esteja com testes na fase 3 sendo realizados no Brasil.

O critério era considerado um empecilho para a União Química, farmacêutica que pediu a liberação provisória da vacina russa Sputnik V e ainda não conseguiu a autorização para o estudo com o imunizante no país.

Mesmo sem autorização para iniciar os testes no Brasil, a Sputnik V está com pedido de uso emergencial pendente na Anvisa desde meados de janeiro. Na época, o pedido foi suspenso pela agência.

A mudança não retira a exigência de apresentação de outros documentos pendentes pelo laboratório União Química – representante no Brasil -, mas elimina uma barreira para a aprovação do imunizante desenvolvido na Rússia.

Por outro lado, a mudança no guia que estabelece requisitos mínimos pode abrir caminho para um pedido de uso emergencial pela indiana Bharat Biotech, empresa responsável pelo desenvolvimento da Covaxin.

A farmacêutica discute a autorização do estudo na Anvisa e poderá mudar a estratégia regulatória para solicitar o uso da vacina que desenvolve.

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Publicado por
Marcus José