Vereador petista aponta crise no abastecimento de água, transporte público e infraestrutura como reflexos das escolhas da gestão municipal.
Em seu primeiro discurso como vereador empossado, André Kamai (PT) demonstrou que adotará uma postura de oposição firme, porém respeitosa, ao prefeito Tião Bocalom (PP). A fala de Kamai ocorreu nesta quarta-feira, 1º de janeiro, durante a cerimônia de posse dos novos parlamentares de Rio Branco.
O vereador criticou a gestão municipal ao abordar problemas como a crise no abastecimento de água, precariedade do transporte público, aumento da população em situação de rua e infraestrutura deficiente nos bairros periféricos. Kamai também questionou as prioridades da prefeitura, como a construção do Elevado Beth Bocalom.
“Hoje presenciamos uma cidade que voltou a ter crise de abastecimento de água, transporte público precário, população de rua crescente, infraestrutura dos bairros cada vez mais precária, fechando escolas ao invés de abrir, pessoas voltando de madrugada para os postos de saúde para conseguir uma vaga. Enquanto isso, a gestão escolhe construir um elevado que não muda a realidade do povo pobre dos bairros, mas serve para emoldurar o nome do próprio prefeito entre piscinas e luzes azuis. Estamos de volta ao caminho do atraso. Acreditem: nada disso é por falta de dinheiro. O orçamento da cidade mais que dobrou, mas governar é fazer escolhas”, declarou Kamai.
Durante sua fala, Kamai foi vaiado e interrompido por algumas vezes pelo público presente. Apesar disso, o vereador manteve o tom crítico e pediu que os debates na Câmara não se tornem arenas de ataques e ofensas, destacando a necessidade de diálogo para enfrentar os desafios da cidade.
Kamai apontou que a gestão deveria priorizar melhorias em áreas como saúde e infraestrutura básica nos bairros periféricos ao invés de grandes obras. O vereador indicou que continuará cobrando ações mais efetivas do Executivo municipal para atender às demandas da população.
A posse dos vereadores e o início da nova legislatura municipal evidenciam os desafios e o cenário político acirrado que marcarão os próximos dois anos na Câmara de Rio Branco.