Analista diz porque BBom é considerada crime de pirâmide financeira

Usando os conhecimentos técnicos que possui na área, o professor escreveu um longo artigo destinado aos leitores da Agência ContilNet.

A BBom surgiu em fevereiro deste ano como uma empresa de marketing multinível

Da redação, com Agência ContilNet

Ermílson Silva, que atua como analista de sistemas e implantação de tecnologias de redes de computadores e internet, é mais um dos que defendem a tese de que a BBOM é uma pirâmide financeira e que atua na ilegalidade.

Usando os conhecimentos técnicos que possui na área, o professor escreveu um longo artigo destinado aos leitores da Agência ContilNet, onde esclarece alguns pontos e mostra por que o fenômeno que ficou conhecido como marketing multinível não passa de uma antiga prática financeira que já causou prejuízos em vários locais do mundo, ao longo dos anos.

A BBom surgiu em fevereiro deste ano como uma empresa de marketing multinível. Desde então, recrutou cerca de 300 mil revendedores – chamados de associados – com promessas de ganhos expressivos com a revenda de assinaturas dos serviços de monitoramento e rastreamento da Embrasystem, dona da marca.

Os que defendem a tese de que a BBom usa a tática de pirâmide financeira, como é o caso do Ministério Público de Goiânia, utilizam argumento baseado nas taxas de adesão pagas pelos associados: para estes, é uma pirâmide financeira já que depende da contínua entrada de integrantes na rede para se manter.

Veja a seguir o artigo:

Por que a BBOM tem sido acusada de aplicar de golpe financeiro

1   – O mercado brasileiro de serviços de rastreamento veicular pago

Existe, há pelo menos oito anos, o mercado de rastreadores veiculares.
Basicamente, são duas as tecnologias que permitem o rastreamento de um aparelho ou uma antena, em solo terrestre:

a)      a mais cara, que exige um contrato de utilização de satélite para que seja possível a troca de dados entre o aparelho/antena em solo, e o satélite, contempla também a possibilidade do satélite enviar as informações para um site/servidor que esteja acessível via internet. Além do custo alto com ligações para telefones populares e acesso à internet, o custo do aparelho também é muito alto.

b)      a mais viável competitivamente no mercado utiliza sistema de GPS (acesso GRATUITO aos satélites apenas com o fim de que, em terra, o aparelho indique suas coordenadas geográficas, como qualquer outro de navegação GPS ou celular com GPS; hoje em dia, até notebooks têm GPS para serem localizados, como os MacBooks da Apple).

Qualquer aparelho de GPS, para enviar ou obter informações para um site, precisa ter acesso à internet, e aí entra a dependência do sinal GPRS (GSM/3G/4G) para que o rastreamento funcione corretamente. (Este é o caso dos rastreadores da UNEPXMIL e de todos os outros concorrentes no mercado.)

Todas as empresas vendem o aparelho de rastreamento ao preço médio de R$ 550 e o emprestam ao cliente em regime de comodato, tendo o mesmo que devolver ou pagar o valor total do rastreador, caso não renove o contrato, que geralmente tem vigência de 36 meses.

Assim, não é necessário pagar o valor do rastreador no ato do contrato; no máximo, paga-se uma taxa de instalação do aparelho, para um técnico que geralmente é o representante (loja física) da empresa de monitoramento, na cidade; ou, caso o cliente leia e siga as instruções do manual, ele pode até instalar sozinho, economizando a taxa de instalação.

Quanto à disponibilidade do site para visualizar o rastreamento e enviar comandos de travamento do veículo, assim como a manutenção do chip GPRS, as empresas cobram o valor mensal de R$ 79,90 pelo serviço.

E desta forma atuava a UNEPXMIL, antes do seu plano Marketing Multinível (MMN).

Veja o artigo na íntegra

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Publicado por
Alexandre Lima