O primeiro tempo foi um completo desastre – sobretudo defensivamente. O adversário finalizou sete vezes nos 45 minutos iniciais, abriu placar com Ramos em um belo chute de dentro da área e, pelo espaço dado pelo Corinthians, poderia ter feito muito mais.
A linha de defesa formada por Félix Torres e André Ramalho, embora já tenha jogado junta em outras oportunidades neste ano, bateu cabeça e foi a principal responsável pela atuação ruim na etapa inicial. O rendimento da dupla é um ponto de atenção para a sequência da temporada.
É importante frisar que o Timão teve seis desfalques, cinco deles titulares, para esta partida. O técnico Ramón Díaz não teve sequer um meio-campista armador à disposição e precisou improvisar uma equipe mista, que treinou apenas um dia na preparação para o confronto.
A solução encontrada pelo argentino foi um meio de campo com três volantes (Maycon, Martínez e Ryan) e um ataque com Romero, Talles Magno e Héctor Hernández. A improvisação não deu certo, e o Corinthians apenas foi competitivo após o minuto 60 com a entrada de André Carrillo, Yuri Alberto e Breno Bidon.
Com o trio titular, prevaleceu a qualidade técnica do Timão. O peruano colocou fogo na partida e, antes de dar um passe de muita classe a Matheuzinho na jogada que resultou no gol de empate, já havia criado pelo menos duas chances claras, uma delas finalizada de cabeça por Héctor Hernández.
É inegável que o vencedor do Campeonato Paulista tem um time forte e competitivo para a sequência da temporada. Contudo, considerando a quantidade de jogos, viagens e tempo limitado de descanso e treinamento, é humanamente impossível manter o alto nível de performance em um calendário tão apertado.
As peças de reposição do elenco nem sempre dão conta do recado e, por isso, o Corinthians precisará, muito em breve, tomar uma decisão sobre como gerir o calendário e qual competição priorizar.
Se a Sul-Americana é tão importante como a comissão técnica e a diretoria têm dito nos bastidores, é preciso tratá-la desta forma. Desta vez, o Corinthians se salvou. Como será nas próximas?