Alta da energia elétrica gera inflação de 0,40% no Acre, aponta IBGE

O mês de maio registrou inflação de 0,40% nos produtos comercializados em Rio Branco.

No Brasil, a inflação subiu 0,40% e ficou acima da taxa registrada em abril, que foi de 0,22%. O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

BRUNA MELLO

Essa é a primeira vez que o Acre é incluído no Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC). A partir de agora, a capital acreana participará dos cálculos de Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e Índice Nacional de preços ao Consumidor (INPC) todo mês.

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Entre os fatores que mais contribuíram para a aceleração da inflação do país estão a greve dos caminhoneiros e o aumento do preço da gasolina, do diesel e da energia elétrica, que influenciam diretamente na elevação de valor de outros produtos.

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Em um ano, os preços dos combustíveis tiveram alta de 19,59%. A gasolina foi a que mais subiu neste período – em média, ficou 21,48% mais cara no país. Já o diesel acumulou aumento de 19,78% em um ano e o etanol 12,18%.

Segundo o analista de preços, Ennes Medeiros, o aumento da energia elétrica foi o fator que mais contribuiu para o IPCA local. Vale lembrar que desde 1º de maio vigora a bandeira tarifária amarela, adicionando a cobrança de R$ 0,01 a cada kwh consumido. Já o preço da passagem aérea impactou negativamente e registrou -11,49%.

“Esses índices podem ser usados com várias finalidades não só para mensurar a inflação mensal do estado do Acre, em Rio Branco, como fazer comparações com outros estados. Além de poder dar um balizamento para governo e prefeitura para suas projeções de políticas públicas e privadas”.

O chefe do IBGE no Acre, Marco Esteves, destaca a importância de incorporar a capital acreana no cálculo dos indicadores. “Ele traz o comportamento de preço em nível local e se alia a outras pesquisas do IBGE, como a PNAD Contínua, que estuda comportamento de ocupação e desocupação, indicadores econômicos importantes para o país”.

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Outra novidade do levantamento é a inclusão dos itens mão de obra para pequenos reparos e empregado doméstico. Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas artigos de residência apresentou deflação em maio.

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O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange 10 regiões metropolitanas, além dos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados entre 28 de abril a 29 de maio de 2018 com os preços vigentes entre 30 de março a 27 de abril de 2018.

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Publicado por
Marcus José