Alegando crise, governo do Acre volta nomear comissionados com salário de até R$ 5 mil

Fontes ligadas à governo, que não quiseram se identificar, asseguram que as “vagas” foram deixadas pelas exonerações de pessoas ligadas a Éber Machado

Apesar de anunciar frequentemente que a crise econômica deixou o Estado com problemas financeiros, justificando para isso a não concessão de nenhum percentual de reajuste salarial aos públicos, o governador Tião Viana (PT) nomeou nesta quinta-feira (1) dez novos cargos comissionados. As nomeações coincidem com o anúncio do corte de R$ 100 milhões no Fundo de Participação do Estado (FPM).

Fontes ligadas à governo, que não quiseram se identificar, asseguram que as “vagas” foram deixadas pelas exonerações de pessoas ligadas ao deputado Éber Machado (PSDC), que rompeu com a Frente Popular na semana passada.

As nomeações vão desde CEC1 até CEC5, que chega a R$ 5,376,00. Os novos comissionados atuarão nas secretarias de Desenvolvimento Social, Pequenos Negócios, Comunicação e Saúde.

“Isso é um verdadeiro absurdo. Eles não podem usar a máquina publica ao seu bel-prazer. Isso é um desrespeito total com o cidadão e um atentado ao estado democrático de direito”, desabafou o deputado estadual Luiz Gonzaga (PSDB).

O parlamentar estava indignado ao saber que unidades de saúde estão cortando plantões extras de serviços essenciais, sob alegação de economias.

“Soubemos que cortaram pela metade os plantões extras dos técnicos em enfermagens da maternidade. O setor de captação e distribuição do Hemocre estão comprometidos pelo mesmo problema”, informou Gonzaga, prometendo denunciar os “descasos”.

A reportagem tentou falar com o Ministério Público do Estado, mas o responsável pela Promotoria de Patrimônio Público, Adenilson de Souza, está de férias. O seu substituto, Venicius Menandro, não quis falar sobre o assunto.

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Publicado por
Alexandre Lima

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