O velório do professor Aldyr Garcia Schlee, autor de mais de dez livros e conhecido por ter criado a camisa canarinho, da Seleção Brasileira, começou às 7h desta sexta-feira (16) no Memorial Pelotas Cemitério Parque, no Sul do Rio Grande do Sul. O enterro está previsto para as 17h.
Aldyr Schlee morreu na noite de quinta-feira (15), no Hospital Beneficência Portuguesa, em Pelotas, aos 83 anos. Ele lutava contra um câncer de pele desde 2012.
Nascido em Jaguarão, era escritor, jornalista, desenhista e professor. Como escritor, chegou a receber o prêmio Açorianos de Literatura, em 2011, na categoria narrativa longa com o romance ‘Don Frutos’. Neste ano, ele foi homenageado, junto com Lya Luft, pelo conjunto da obra.
Há dois anos, ele foi escolhido orador da 44ª Feira do Livro de Pelotas. Na edição daquele ano, a feira marcou um século da morte do escritor pelotense João Simões Lopes Neto. Pela primeira vez o patrono foi um personagem, o vaqueano Blau Nunes, narrador da segunda obra de Simões. “É algo que eu não poderia abrir mão. Tenho uma ligação e um contato muito grande com a obra de Simões e quero falar muito de Blau Nunes: esse é a tradição viva do gaúcho e por isso é eterno”, disse Schlee sobre sua indicação.
Aldyr também foi o criador do uniforme da Seleção Brasileira, que virou um ícone mundial: a camisa canarinho, escolhida por meio de um concruso e apresentada pela primeira vez em 1954. A ideia era substituir a camisa branca do trágico “Maracanazo”, quando a Seleção foi derrotada em pleno Maracanã pelo Uruguai, por 2 a 1, no quadrangular final da Copa de 1950. Ironicamente, ele se declarava torcedor do Uruguai.