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Agropecuária teve bom desempenho na maioria das regiões do país em 2020, mesmo com pandemia
Levantamento da FGV mostra que, até outubro, setor registrou expansão do faturamento nas cinco regiões, mas valor exportado recuou no Sul e no Nordeste.

Acre, por exemplo, o setor florestal respondia por quase 100% das exportações do estado até 2004, e hoje praticamente sumiu.
Por Paula Salati
Mesmo com a crise provocada pela pandemia do coronavírus, a agropecuária conseguiu ter um bom desempenho na maioria das regiões do Brasil, de acordo com um estudo da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EESP-FGV) sobre os impactos da Covid-19 sobre o setor.
Em todas as cinco regiões, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP, faturamento) registrou crescimento entre janeiro e outubro de 2020, em relação a iguais meses de 2019.
Porém, houve queda nas exportações do Nordeste e do Sul. Nesta última, a forte seca comprometeu a produção agrícola e pecuária dos três estados da região.
Veja a seguir as principais conclusões do estudo:
Sudeste
O relatório da FGV mostra que a agropecuária do Sudeste “atravessou a crise do coronavírus com grande fôlego”. Entre janeiro e outubro deste ano, o faturamento do setor na região cresceu 14,9%, contra igual período de 2019, enquanto o valor das exportações expandiu 9,4%
O destaque ficou com a ampliação do abate de suínos e frangos (6,3% e 4,2%, respectivamente) e no volume de leite adquirido (1,2%).
Já a tomada de crédito agrícola cresceu 7,5%, diante da expectativa de um aumento de 1,6% na safra de grãos 2020/2021.
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“Mesmo com a alta do dólar, a aquisição de insumos e investimentos para a próxima safra não foram comprometidos”, afirma o estudo.
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“Tudo isso indica que, mesmo durante a pandemia, o agronegócio na região tem se mostrado não só resiliente como também prosperado, com safras e receitas recordes. Essa resiliência é equivalente em cada um dos estados que integram a região”, acrescenta.
Norte

Fazenda Rancho Fundo no nordeste do Pará, estado que avança cada vez mais na produção de carne bovina — Foto: Divulgação
O Norte também passou pela crise com um bom desempenho. O valor de produção do agro na região aumentou 17,4% até outubro de 2020, enquanto a expansão nas exportações foi de 20,3%.
Já a tomada de crédito agrícola cresceu 20%, com expectativa de alta de 2,6% na safra de grãos 2020/2021.
No conjunto, a região responde por cerca de 4,5% da produção de grãos do país, 20,3% dos abates de bovinos, e cerca de 10,6% do volume de leite captado.
O estudo afirma ainda que, nos últimos 20 anos, o agronegócio do Norte tem migrado de uma economia “florestal” para uma economia “agropecuária”.
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“No Acre, por exemplo, o setor florestal respondia por quase 100% das exportações do estado até 2004, e hoje praticamente sumiu. No Amapá, o setor florestal ainda é hegemônico, mas irrisório em escala”, afirma.
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“No Amazonas, a agricultura encolheu – mas a economia florestal também – ao mesmo tempo que a participação da soja cresce na balança de exportações. O Pará cada vez mais avança na produção de carne bovina e soja, padrão também seguido por Rondônia”
Centro-Oeste

Produção de soja em MT — Foto: Divulgação
Região que responde por cerca de 48% da produção de grãos do país, o Centro-Oeste se superou e bateu recordes em valor da produção e exportação, mesmo frente à crise do coronavírus.
Houve crescimento de 25% no VBP da agropecuária e de 11,5% no valor das exportações da região. E também alta de 8,9% na tomada de crédito agrícola com expectativa de crescimento de 1,5% na safra de grãos.
“O Centro-Oeste se consolidou, nas últimas duas décadas, como principal celeiro agrícola do país. A escala da produção e da produtividade na região crescem continuamente, ao mesmo tempo que o uso da terra caiu”, afirma o estudo.
Nordeste
Em 2020, a região atravessou a crise do coronavírus de forma desigual, diz a FGV. Em alguns estados, o valor da exportação do agronegócio cresceu em 2020, como em Pernambuco e Alagoas. Em outros, como a Paraíba, ficou estável.
Já no Rio Grande do Norte, em Sergipe e no Ceará, a receita das exportações teve uma forte queda.
No total, houve crescimento de 16,0% no faturamento da agropecuária e queda de 0,3% no valor das exportações.
Foi registrada ainda uma alta de 10,7% na tomada de crédito agrícola com expectativa de queda de 4,3% na safra de grãos.

Trabalhadores do raleio de uva em Petrolina (PE). Nordeste se destaca na produção de frutas do Brasil — Foto: Reprodução/ TV Grande Rio
O estudo mostra ainda que há dois tipos de agronegócio no Nordeste. O agronegócio litorâneo, centrado na zona da mata, e o agronegócio interiorano, centrado no sertão e na costa cearense.
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“O agronegócio litorâneo caracteriza-se por um perfil de monocultura intensa voltada à exportação e concentrada no setor sucroalcooleiro, especialmente em estados como Alagoas e Pernambuco”, afirma.
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“Já o agronegócio interiorano é marcado pelas secas e estiagens que afetam a região, sendo tradicionalmente dominado pela agricultura familiar de pequeno porte“.
Sul
A agropecuária do Sul, por sua vez, teve bastante dificuldade, principalmente porque, além do cenário de isolamento social, a região passou por uma das maiores estiagens da história, comprometendo a produção agrícola e pecuária.
Até outubro, houve crescimento de 11,1% no VBP da agropecuária e queda de 4,0% no valor das exportações. E também alta de 8,7% na tomada de crédito agrícola com expectativa de crescimento de 12,5% na safra de grãos 2020/2021.
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Caveira do Bope-RJ, coronel André Batista faz palestra sobre liderança em Brasileia
O Acre recebe, nesta sexta-feira, 5, o coronel da Polícia Militar do Rio de Janeiro, André Batista, para ministrar a palestra Liderança – Ações sob Pressão, Construindo Tropas de Elite. Integrante do Batalhão de Operações Policias Especiais (Bope) e coautor dos livro Elite da Tropa I e II, que deram origem ao filme Tropa de Elite, o oficial veio ao estado a convite do governo do Acre para participar da edição do programa Desperte a Liderança que Existe em Você, em Brasileia.

Ao desembarcar no aeroporto de Rio Branco, coronel André Batista é recepcionado pelo secretário de governo, Luiz Calixto e o assessor da Sejusp, tenente Nil. Foto: Ascom/Segov
Ao desembarcar no Aeroporto Plácido de Castro, em Rio Branco, André Batista foi recepcionado pelo secretário de Governo, Luiz Calixto, o tenente Nil, assessor do gabinete do Secretário de Estado de Segurança Pública, e por um pelotão do Bope do Acre, que prestou continência e deu as boas-vindas ao oficial, símbolo nacional das operações especiais.
Na ocasião, Batista mencionou suas expectativas em participar do programa. “Será uma palestra sobre liderança, estratégia e tomada de decisão em momentos de alta pressão, temas que marcaram minha trajetória no Bope e que hoje aplico em desenvolvimento de equipes de alto rendimento em todo o país. Vamos falar sobre coragem propósito, disciplina e os pilares que constroem times fortes, preparados e alinhados. Será um encontro intenso, transformador e com espaço para interação”, afirmou.

Pelotão do Bope do Acre prestigia chegada do caveira do Rio de Janeiro em Rio Branco. Foto: Ascom/Segov
Para o secretário Luiz Calixto, a presença do coronel no estado ressalta a importância que o governo dá ao programa que tem como objetivo fortalecer lideranças nos mais diversos segmentos, além de estimular o surgimento de novos líderes. “Receber o coronel André Batista é uma oportunidade única. Ele traz uma bagagem extraordinária sobre liderança, tomada de decisão e preparo emocional. Esse conhecimento agrega muito às nossas equipes e ao público acreano”, destacou.
A palestra com André Batista integra a agenda de capacitações realizadas pelos Estado, por meio da Secretaria de Governo (Segov), com recursos de emendas parlamentares, que nesta edição será realizada nesta sexta-feira em Brasileia, no Centro Cultural Sebastião Dantas, a partir das 18 horas, com entrada gratuita e aberta à população em geral.
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Prefeitura de Rio Branco anuncia parceria com o Governo do Estado para recuperação de Ruas de Rio Branco

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Sebrae promove evento para conectar artesãos acreanos à lojistas do Sudeste e Nordeste

Evento integra o Projeto Comprador e conta com apoio de parceiros
Nos dias 3 e 4 de novembro, o Sebrae realiza o encontro de negócios do Projeto Comprador, com foco em conectar talentos do Acre a novas oportunidades de mercado. O evento acontece no formato B2B (Business to Business) e conecta 14 lojistas do Sudeste e Nordeste diretamente aos artesãos acreanos.
O Projeto Comprador contou com uma fase anterior, de capacitação com duração de quatro meses, beneficiando mais de 100 artesãos de dez municípios acreanos, incluindo representantes das etnias indígenas Puyanawa, Shanenawa, Apuriã, Huni Kuin e Marubo.
De acordo com o analista do Sebrae no Acre, Aldemar Maciel, o projeto contou com uma metodologia específica desenvolvida para os artesãos. “As capacitações consistem na modelagem de negócios, gestão da produção, precificação e comercialização, preparando o artesão para fazer negócios com esses compradores”, explicou.

A líder indígena Eni Shanenawa destacou sua satisfação em participar da iniciativa para que as pessoas conheçam a ancestralidade do Povo Shanenawa. “Agradeço ao Sebrae por esse momento tão importante em que nós estamos aqui, como indígenas, para mostrar os nossos artesanatos. É de grande importância para nós que as pessoas levem nossos produtos para fora do estado, porque a sociedade vai ter esse conhecimento da importância do artesanato indígena e do artesanato acreano”, disse.
Pela primeira vez no Acre, a representante da Loja do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Adélia Borges, destacou as belezas da produção acreana. “Essa bioeconomia que a gente vê aqui é uma produção muito linda, cheia de significados culturais. Cada peça que vemos aqui é um trabalho enorme que o artesão faz. Nós somos uma loja em um museu importante e os produtos acreanos fazem um sucesso enorme, principalmente com os estrangeiros”, destacou.

O encontro conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Rio Branco, Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (SETE), Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ), Universidade Federal do Acre (Ufac), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a GolLog.





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