Agente penitenciário é preso em flagrante ao tentar entrar com celular e munições em presídio de Rio Branco, diz polícia

Marivaldo Silva foi flagrado quando chegava no plantão desta terça (20) no Presídio Antônio Amaro. Servidor negou as acusações.

Marivaldo Silva foi flagrado quando chegava no plantão desta terça (20) no Presídio Antônio Amaro (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Por Aline Nascimento - G1 Acre

O agente penitenciário Marivaldo Vitor da Silva, de 46 anos, foi preso na manhã desta terça-feira (20) quando chegava no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco. Com ele, a polícia disse que encontrou munições de uso restrito, dinheiro e um celular.

A reportagem, Silva negou as acusações e disse que espera o advogado para falar. Já o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) informou que vai abrir um processo administrativo na corregedoria para apurar as acusações.

“Ele vai responder administrativamente já que começou a responder criminalmente pelo processo aberto na Polícia Civil. O que cabe ao Iapen é abrir o processo administrativo por ser um servidor público e vamos esperar a apuração dos fatos”, falou o diretor-presidente do Iapen, Aberson Carvalho.

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As investigações apontam que Silva tem envolvimento com uma facção criminosa, tinha cartas com pedidos de presos e entregaria o material apreendido para os detentos. Ele é da turma de servidores do ano de 2012.

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O delegado Pedro Resende explicou, na Divisão de Investigação Criminal (DIC), que a prisão é resultado de um trabalho da inteligência do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) e da Polícia Civil.

“Estamos monitorando a situação de diversos agentes penitenciários com condutas ilícitas e recebemos a informação desse preso hoje que ele estaria auxiliando e promovendo uma organização criminosa específica dentro do presídio. Hoje, na hora em que entrava no serviço, foi abordado por equipes da Decco e DRE”, complementou.

Polícia encontrou dinheiro com o agente penitenciário (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Ainda segundo Resende, a munição apreendida com o agente é calibre 9 milímetros que ele não tem autorização para usar. O delegado contou também que foram encontradas cartas no carro do servidor com pedidos de presos.

“Ele não tem autorização para portar, tinha uma quantidade de dinheiro, cerca de R$ 1 mil, e ainda um celular. Esse aparelho e o dinheiro são pedidos de presos. Estava com esse pedido inscrito e por isso agora vai ser indiciado por porte ilegal de munição de uso restrito, por promover organização criminosa e corrupção passiva”, detalhou Resende.

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Sobre as cartas, o agente teria dito durante um breve depoimento que o material foi apreendido durante uma revista. Porém, Resende disse que a informação não é verdadeira.

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“Ele nega tudo isso. Disse que o bilhete foi achado durante uma revista, mas se tivesse sido tinha que ter sido entregue para a direção do presídio. Os presos pediam para ele levar esse material ilícito e ele ia receber por isso. Em uma das cartas os presos falaram ‘ainda vamos ganhar muito dinheiro com isso’”, concluiu o delegado.

Carta e bilhetes foram encontrados dentro do carro do servidor durante revista desta terça (20) (Foto: Divulgação/Polícia Civil do Acre)

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Publicado por
Marcus José