Por Aline Nascimento - G1 Acre
O agente penitenciário Marivaldo Vitor da Silva, de 46 anos, foi preso na manhã desta terça-feira (20) quando chegava no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco. Com ele, a polícia disse que encontrou munições de uso restrito, dinheiro e um celular.
A reportagem, Silva negou as acusações e disse que espera o advogado para falar. Já o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) informou que vai abrir um processo administrativo na corregedoria para apurar as acusações.
“Ele vai responder administrativamente já que começou a responder criminalmente pelo processo aberto na Polícia Civil. O que cabe ao Iapen é abrir o processo administrativo por ser um servidor público e vamos esperar a apuração dos fatos”, falou o diretor-presidente do Iapen, Aberson Carvalho.
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O delegado Pedro Resende explicou, na Divisão de Investigação Criminal (DIC), que a prisão é resultado de um trabalho da inteligência do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) e da Polícia Civil.
“Estamos monitorando a situação de diversos agentes penitenciários com condutas ilícitas e recebemos a informação desse preso hoje que ele estaria auxiliando e promovendo uma organização criminosa específica dentro do presídio. Hoje, na hora em que entrava no serviço, foi abordado por equipes da Decco e DRE”, complementou.
Ainda segundo Resende, a munição apreendida com o agente é calibre 9 milímetros que ele não tem autorização para usar. O delegado contou também que foram encontradas cartas no carro do servidor com pedidos de presos.
“Ele não tem autorização para portar, tinha uma quantidade de dinheiro, cerca de R$ 1 mil, e ainda um celular. Esse aparelho e o dinheiro são pedidos de presos. Estava com esse pedido inscrito e por isso agora vai ser indiciado por porte ilegal de munição de uso restrito, por promover organização criminosa e corrupção passiva”, detalhou Resende.
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“Ele nega tudo isso. Disse que o bilhete foi achado durante uma revista, mas se tivesse sido tinha que ter sido entregue para a direção do presídio. Os presos pediam para ele levar esse material ilícito e ele ia receber por isso. Em uma das cartas os presos falaram ‘ainda vamos ganhar muito dinheiro com isso’”, concluiu o delegado.