Aeroportos de Rio Branco e Cruzeiro do Sul são privatizados após serem arrematados em leilão

O leilão atraiu interessados para todos os blocos e garantiu ao governo federal uma arrecadação inicial de R$ 3,302 bilhões.

Por G1 AC

Os aeroportos de Rio Branco e Cruzeiro do Sul vão ser administrados por uma empresa francesa pelos próximos 30 anos. Em leilão realizado nesta quarta-feira (7) na bolsa de valores em São Paulo, foram arrematados sete aeroportos da região Norte e todos pela mesma concessionária.

Ao todo, 22 aeroportos do país, divididos em três blocos, foram privatizados durante a 6ª Rodada de concessão. O leilão atraiu interessados para todos os blocos e garantiu ao governo federal uma arrecadação inicial de R$ 3,302 bilhões.

A operadora aeroportuária Vanci Airports, que atualmente opera o aeroporto de Salvador na Bahia arrematou o bloco de aeroportos na região Norte e vai administrar, além dos dois terminais do Acre, os de Manaus, Tefé e Tabatinga no Amazonas, Porto Velho em Rondônia, e ainda o de Boa Vista em Roraima.

Aeroportos de Rio Branco e Cruzeiro do Sul são arrematados em leilão — Foto: Reprodução

A Vanci Airports é uma empresa francesa e uma das maiores operadoras do setor no mundo.

Administra aeroportos em países como França, Portugal, Japão e Chile. Para arrematar o bloco de sete aeroportos na região Norte, a empresa fez um lance de R$ 420 milhões no leilão. Esse valor é quase 800% maior que o mínimo exigido.

A empresa vai poder explorar os serviços nos aeroportos arrematados, mas, ao mesmo, tempo terá que fazer investimentos de quase R$ 1,5 bilhão ao longo do período de concessão para melhorar a estrutura em todos eles.

Leilão

Ao todo, 7 concorrentes participaram da disputa. O grande vencedor do leilão foi a Companhia de Participações em Concessões, subsidiária do grupo CCR, que já atua na concessão do aeroporto de Confins (MG) e arrematou agora os 15 aeroportos dos blocos Sul e Central. Já a francesa Vinci, que opera atualmente o aeroporto de Salvador, ficou com o bloco Norte (7 aeroportos).

O investimento total nos 22 aeroportos, que foram divididos em 3 blocos, é estimado em R$ 6,1 bilhões durante os 30 anos de concessão.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, o ágio médio foi de 3.822%, o que representou uma arrecadação R$ 3,1 bilhões acima do mínimo fixado pelo edital para o valor de contribuição inicial (R$ 186,2 milhões). Além do valor à vista, as regras do leilão preveem uma outorga variável, a ser paga a partir do quinto ano de contrato.

Este é o segundo leilão de aeroportos do governo do presidente Jair Bolsonaro. No anterior, realizado em março de 2019, o governo arrecadou R$ 2,377 bilhões à vista com a transferência de 12 aeroportos para a iniciativa privada. O ágio médio foi de 986% e 9 grupos participaram da disputa.

A 6ª Rodada de concessão de aeroportos abre a chamada “Infra Week”. A semana terá ainda o leilão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) na quinta-feira (8) e de 5 terminais portuários no Maranhão e no Rio Grande do Sul, na sexta-feira (9). O governo espera garantir mais de R$ 10 bilhões em investimentos privados no Brasil com a semana de leilões, além da geração de 200 mil empregos diretos e indiretos.

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G1 Acre