Foto: Arquivo pessoal/Sueli Rodrigues
Foto: Arquivo pessoal/Sueli Rodrigues
A defesa do volante Luiggi, do Santa Cruz-AC, se manifestou nesta sexta-feira (20), por meio de nota oficial, negando a acusação de racismo feita após a partida contra o Galvez, válida pela oitava rodada do Campeonato Acreano Sub-20. O jogo, realizado na última terça-feira (17), terminou com vitória do Santa Cruz por 2 a 0, mas foi marcado pela expulsão do jogador, acusado de proferir ofensas de cunho racial.
Segundo a súmula do árbitro Josué França, Luiggi teria se dirigido ao lateral-direito Erick Rodrigues, do Galvez, com a pergunta “Urubu véi desse?”, em voz audível. A frase motivou a expulsão por “conduta antidesportiva e ofensa verbal direcionada a adversário”.
No entanto, o advogado Marcos Lima, que representa Luiggi, afirma que houve um mal-entendido. Segundo ele, a expressão mencionada teria sido direcionada a um colega de equipe e “não possui conotação ofensiva ou discriminatória”. A defesa alega que o episódio foi mal interpretado pelo preparador de goleiros do Galvez, Márcio Figueiredo, conhecido como Faísca, o que teria contribuído para uma “leitura distorcida” dos fatos.
Na nota, a defesa do atleta acusa o Galvez de promover um “linchamento público” ao utilizar as redes sociais para fazer o que classificou como acusações “levianas e falsas”.
— Após o jogo, o clube Galvez optou por transformar um episódio mal interpretado em uma campanha pública de difamação, utilizando um tema extremamente sensível como o racismo para atacar injustamente o atleta — diz o documento divulgado.
Ainda segundo a nota, Luiggi permanece recluso no alojamento do clube, temendo agressões após receber ameaças. O jogador, de acordo com o advogado, está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos e deve ingressar com ações judiciais contra o Galvez e o preparador de goleiros por danos morais e ameaças.
A Federação de Futebol do Acre (FFAC) ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.