Acusado de matar bebê de um ano com tiro na cabeça enquanto dormia em rede vai a júri popular no Acre

Crime ocorreu no dia 25 de fevereiro de 2017 no bairro Cadeia Velha, em Rio Branco. Justiça do Acre informou que o acusado teria tentado matar dois membros de facção rival, mas tiro atingiu bebê.

Thayson dormia em uma rede quando foi baleado na cabeça e morreu na noite de sábado (25) (Foto: Aline Nascimento/G1)

Iryá Rodrigues, G1 Acre

O homem acusado de matar o pequeno Thayson Junior de Holanda, de 1 ano e 8 meses, com um tiro na cabeça no dia 25 de fevereiro do ano passado vai a júri popular. A decisão ainda cabe recurso junto à Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre.

A decisão, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco, pronunciou Talison de Souza Teixeira ao julgamento pelos crimes de corrupção de menores, homicídio qualificado, por três vezes, nas formas consumada e tentada, e posse ou porte de arma de fogo de uso restrito. O G1 não conseguiu fazer contato com a defesa de Teixeira.

O crime ocorreu na Rua Progesso, bairro Cadeia Velha, em Rio Branco. Além da criança, um rapaz de 19 anos foi baleado e levado para o hospital na época. A criança dormia em uma rede no quarto da frente.

No mesmo dia do caso, um homem foi preso e um adolescente de 15 anos apreendido com armas.

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Na decisão, o juiz considerou que existem “verdadeiros indícios de autoria” contra Teixeira, o que justifica seu pronunciamento ao júri popular. A informação foi divulgada pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) na sexta-feira (2).

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Conforme o TJ, a denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC) informou que Teixeira seria integrante de facção e teria tentado matar dois irmãos por acreditar que eles eram de uma organização criminosa rival. Mas, errou a pontaria e acabou atingido o bebê Thayson que estava em uma rede na casa onde ocorreram os disparos.

Além de Teixeira, a denúncia fala na participação de um menor que está apreendido e terceiros que não foram identificados.

O juiz Leandro Gross, responsável pela decisão, negou o direito de apelar em liberdade a Teixeira. Segundo o TJ, foi mantida a prisão preventiva dele por entender que “solto encontrará estímulos para a prática de outros delitos”, disse o magistrado.

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Publicado por
Marcus José