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Acre

Acreanos se arriscam para voltar do Peru após deslizamentos

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Jovens contam que tiveram de atravessar um desfiladeiro no país vizinho.
‘Ficou todo mundo à mercê da própria sorte’, relata estudante.

 G1
Acreanos atravessam desmoronamento para retornar ao Brasil (Foto: Kristoffer Augusto / Arquivo Pessoal)

Acreanos atravessam desmoronamento para retornar ao Brasil (Foto: Kristoffer Augusto / Arquivo Pessoal)

Após dias isolados em função de deslizamentos de terra na estrada Interoceânica, no Peru, dois estudantes chegaram a Rio Branco, capital do Acre, neste sábado (4) e contaram que tiveram de arriscar a vida para retornar ao estado. “Ficou todo mundo à mercê da própria sorte”, conta o estudante de medicina veterinária Diego Vítor.

Acreanos que ficaram ‘presos’ no país vizinho haviam viajado para passar o réveillon no Peru. Uma série de desmoronamentos nas estradas que ligam o país ao Brasil, no entanto, estragou os planos de uma viagem tranquila. Na quinta-feira (2), o filho da vereadora de Rio Branco Eliane Sinhasique (PMDB-AC) publicou no perfil dela no Facebook a informação de que eles estavam isolados.

Pedras são obstáculos durante a travessia (Foto: Luiz Eduardo Guedes/Arquivo pessoal)

Pedras são obstáculos durante a travessia
(Foto: Luiz Eduardo Guedes/Arquivo pessoal)

O estudante Diego Vitor relata que só ficou sabendo do desmoronamento na região quando o ônibus chegou ao desfiladeiro. “Quando perguntamos ao motorista, ele afirmou que já sabia. A estrada tinha desmoronado na quarta-feira (1º) e nós viajamos na sexta-feira (3). Então fazia dois dias que o obstáculo estava ali”, reclama.

O estudante conta que precisou atravessar a pé a estrada desmoronada. No momento da travessia, relata, várias pedras começaram a cair. “O motorista falou que deveríamos atravessar o desfiladeiro, que um outro ônibus iria nos pegar às 10h. Era de madrugada, então esperamos amanhecer. Eu e três amigos tentamos passar, mas começaram a cair muitas pedras. Os meus amigos voltaram, mas eu já estava no meio do caminho e, com a ajuda de um peruano, continuei”, lembra.

Porém, do outro lado da estrada, não havia nenhum ônibus. Os documentos e o dinheiro de Diego Vitor ficaram com um amigo, que não conseguiu fazer a travessia. Com apenas 50 soles (moeda peruana), o rapaz pagou por um transporte ilegal até a cidade de Mazuco.

Acreanos encontram caminhos alternativos para a travessia (Foto: Luiz Eduardo Guedes/Arquivo pessoal)

Acreanos encontram caminhos alternativos para a travessia (Foto: Luiz Eduardo Guedes/Arquivo pessoal)

“Peguei um táxi. Um peruano ficou com pena da minha situação e cobrou bem menos pela ida até Puerto Maldonado. Lá, fui reclamar com a empresa de ônibus e pedir um reembolso, que eles não deram. Estava revoltado, poderia ter morrido, arrisquei a minha vida. Eles foram muito grossos e inventaram uma história. Por fim, consegui entrar em um ônibus para Rio Branco”, conta.

A mesma situação aconteceu com o estudante de engenharia agronômica Kristoffer Augusto Lima. Ele ficou sabendo do desmoronamento ainda em Cusco. “Encontramos uns brasileiros que contaram que a pista estava desmoronada e que a única forma de voltar era por Puno. Mas, ao chegar lá, encontramos outro desmoronamento e ficamos isolados”, afirma.

A informação que o estudante recebeu é que tinha que atravessar a pé pela estrada desmoronada para pegar outra condução do outro lado. O estudante lembra que ficou apavorado durante a travessia. “Ficamos apavorados, tinha uma árvore caindo em nossa direção e não tinha mais estrada, só barranco. Não sabíamos o que fazer, atravessamos praticamente correndo”, diz.

Ao chegar a Puerto Maldonado, ele afirma que as dificuldades não acabaram. O ônibus que os levaria para Rio Branco já havia partido. “Tivemos que fazer o ônibus voltar, porque ele tinha saído meio dia e nós só chegamos às 14h. Quase não pegamos a fronteira aberta”, conta.

O G1 tentou entrar em contato em Rio Branco neste sábado (4) com empresa de ônibus Movil Tours, responsável pelo transporte dos estudantes. Os números de contato, porém, encontravam-se desligados.

Acreanos estão isolados desde o dia 1º de janeiro (Foto: Luiz Eduardo Guedes/Arquivo pessoal)

Acreanos estão isolados desde o dia 1º de janeiro (Foto: Luiz Eduardo Guedes/Arquivo pessoal)

 

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Obras do Asfalta Rio Branco avançam nas 10 regionais da capital acreana

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As obras do maior programa de infraestrutura viária já realizado na capital acreana, o Asfalta Rio Branco, avançam em ritmo acelerado pelas ruas das 10 regionais da cidade.

Um exemplo é a rua 7 de Setembro, no bairro Alto Alegre, parte alta da cidade. Na via pública, onde é um corredor de ônibus, a pavimentação já está em processo avançado e comemorado pelos moradores.

“O asfalto está ficando de primeira. Tinham muitos buracos na rua dificultando a passagem dos carros, das crianças, mas agora está ficando bom, as calçadas estão ficando bem feitas, o esgoto que escorria à céu aberto há mais de seis anos e agora está ficando tudo certinho, estão caprichando”, comemorou o morador e comerciante, Jhonatan Liberato.

A Prefeitura de Rio Branco investirá R$ 190 milhões no Asfalta Rio Branco que tem por objetivo atender todas as regionais da capital acreana com obras estruturantes na malha viária dos bairros e principais ruas e avenidas da cidade, além de recapeamento, construção e recuperação de calçadas, rede de drenagem, esgoto e água potável.

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

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Prefeito de Rio Branco visita Usina de Processamento de Resíduos, em São Bento do Sul, Santa Catarina

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O prefeito de Rio Branco esteve visitando, nesta segunda-feira (22), a Usina de Processamento de Resíduos (UPR), que fica em São Bento do Sul, Santa Catarina.

O local é referência em todo o país em reciclagem (Foto: Assecom)

O local é referência em todo o país responsável em transformar o lixo recolhido nas casas dos são-bentenses em diferentes tipos de materiais plásticos, como tijolos, tubos, pavers entre outros. O material pode ser utilizado em calçadas ou outras obras pelo município, inclusive na pavimentação. Na usina até 95% de todo o lixo recolhido é reaproveitado.

De acordo com o gestor a Prefeitura de Rio Branco pretende implantar o mesmo modelo na capital acreana.

“É um trabalho único que tem hoje no Brasil com o aproveitamento de até 95% do lixo, enquanto que na Europa esse aproveitamento é de apenas 65%. É um trabalho lindo”, informou o prefeito.

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

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Acre

Magistrados do Poder Judiciário do Acre visitam aldeias para interação com indígenas

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Visita faz parte da aula prática do curso “Direito dos Povos Indígenas e Poder Judiciário”, oferecida pela Escola do Poder Judiciário (Esjud)

Para reconhecer e valorizar a importância das culturas indígenas na sociedade, magistradas e magistrados do Poder Judiciário do Acre visitaram nesta terça-feira, 23, a aldeia indígena Kamanawa, na cidade de Cruzeiro do Sul.

A visita faz parte da aula prática do curso “Direito dos Povos Indígenas e Poder Judiciário”, oferecida pela Escola do Poder Judiciário (Esjud), que foi destinado aos novos juízes empossados recentemente na magistratura acreana e também aos magistrados discentes do mestrado em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos.

A atividade tem a finalidade de fazer com que os participantes interajam com os indígenas, vejam como é a vivência deles para que nesse processo de reconhecimento e valorização, seja promovida a justiça social e o respeito pelos povos originários, combatendo estereótipos e preconceitos que muitas vezes são associados a essas comunidades e, assim, contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária.

Segundo o presidente da Associação Geral do Povo Kone Kui, Levir, que representa a comunidade, são doze aldeias integradas na localidade somando 384 famílias. Somente na aldeia indígena Kamanawa, por exemplo, são 62 famílias.

“O povo Kamanawa tem iminência povo onça. É a maior aldeia que nós temos, realizamos nossos eventos culturais aqui nesse salão, atividade de medicina e espiritualidade. Para nós é uma honra receber esses juízes aqui na minha terra”, disse.

O curso “Direito dos Povos Indígenas e Poder Judiciário” é credenciado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) e é justificado em virtude de uma lacuna na grade curricular das escolas judiciais relativa ao conhecimento das realidades e das necessidades dos povos indígenas, em contraste com as visões projetadas pela sociedade.

Abertura da atividade

A tribo recebeu a equipe do Poder Judiciário do Acre: com dança, cantoria sagrada e mostra artesanal. O diretor da Escola do Poder Judiciário, desembargador Elcio Mendes enfatizou que a atividade envolve mais de 50% da magistratura do Estado do Acre.

De acordo com ele, a Esjud, junto à Presidência tem dado todo o apoio para a efetivação da atividade. Ele citou ainda o vice-presidente, desembargador Luís Camolez, e o corregedor-geral da Justiça, desembargador Samoel Evangelista, que beneficiam momentos como estes para entendimento e a vivência dos povos originários. Como forma de agradecimento, o desembargador pediu uma salva de palmas para os indígenas.

O vice-presidente do TJAC, desembargador Luís Camolez dividiu a felicidade de visitar o local. “Somos gratos por essa receptividade. Achei interessante que, durante a dança, todos sempre no sentido horário, o pé direito sempre à frente e um com a mão sobre o outro ou dado à mão no ombro seu. Isso representa irmandade e isso é muito importante. Espero que permaneça dessa forma. Através desses exemplos é que nós, homens brancos, tiramos muita sabedoria”, compartilhou.

A presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, agradeceu a receptividade e destacou que o reconhecimento e a defesa dos direitos indígenas são essenciais para a preservação da identidade cultural e para a sustentabilidade das populações indígenas.

“Todos nós somos humanos e, em todos nós, deve palpitar a vontade se sempre fazer o bem para a nossa terra, para os nossos irmãos e famílias. Que todos aqui possam estar contribuindo para um mundo melhor. Um mundo de mais respeito, igualdade e de mais amor”, disse.

Novidades

Na ocasião, a presidente anunciou duas grandes ações a serem executadas pelo Poder Judiciário acreano. Uma delas foi sobre o programa de Residência Judicial. O programa abrirá portas de acesso para as comunidades indígenas, para além do aumento que será feito nas cotas raciais. Serão, a priori, 20 vagas na área de Direito e 20 vagas na área da Tecnologia.

Outra novidade anunciada pela desembargadora-presidente é referente ao Ponto de Inclusão Digital do Judiciário (PIDJus). Ela se comprometeu a instalar um PIDJus na aldeia para facilitar aos indígenas o acesso à justiça.

Conhecimento

No contexto do Judiciário há um aumento expressivo de ações judiciais, cada vez mais complexas, sofisticadas e profundas, as quais exigem de juízas e juízes uma formação orientada por uma abordagem transdisciplinar e multidisciplinar, a fim de prepará-las(los) cada vez mais para os novos temas que são judicializados. Por isso, a relevância da atividade destinada a demandas dos Povos Indígenas.

Desde questões relacionadas à demarcação de territórios, a conflitos ligados a impactos e procedimentos de grandes empreendimentos: mineração, hidrelétricas, avanço da fronteira agrícola, direitos de patentes, dentre outros.

Ao final do curso, os participantes terão suas habilidades e competências desenvolvidas para adotar uma postura dialógica com as diferentes partes e interesses de indígenas envolvidos no processo, utilizando os referenciais teórico-empíricos, precedentes judiciais e legislação que auxiliem na fundamentação das decisões judiciais, fazendo dialogar o Direito Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Brasileiro.

A equipe foi composta também pelos docentes do curso de mestrado Patrícia Medina e Társis Barreto, além de Nedina Yawanawá e equipes da Diretoria Indígena da Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas do Acre (Semapi), assim como, contou com o apoio do Estado do Acre. 

Os magistrados visitarão outra aldeia nesta quarta-feira, 23, porém, no município de Mâncio Lima.

Fonte: Tribunal de Justiça – AC

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