Brasil

“Acre vive doença com os piores gestores”, dispara Jorge Viana em crítica dura a Camelí e Tião Bocalom

Ex-governador e atual presidente da ApexBrasil atribui êxodo de acreanos à má gestão atual; declarações acendem debate político no estado

A crítica é direcionada ao governador Gladson Camelí e ao prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom. Foto: captada 

Em declarações que ecoam como um terremoto no cenário político acreano, o ex-governador Jorge Viana (PT), atual presidente da ApexBrasil, lançou duras críticas à atual gestão do Acre, classificando o momento como “a pior fase da história recente” do estado. As afirmações, feitas durante entrevista nesta semana, miram especificamente o governador Gladson Cameli (Progressistas) e o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP).

O cerne da crítica

Viana diagnosticou o que chamou de “doença política” no estado:

• Êxodo populacional: “Pessoas comprando malas para ir embora do lugar que amam”
• Causa apontada: Concentração de “os piores gestores num momento só”
• Comparativo histórico: “Momento mais triste em 100 anos de história”

“Ninguém sai da sua terra se não for para buscar uma coisa melhor. E agora, a gente ver o povo acreano indo embora e alguns estão saindo por não aguentar viver no lugar que eles amam, que eles gostam. Para mim, é o momento mais crucial, mais triste, dessa história de mais de 100 anos que a gente está atravessando agora: as pessoas comprando malas para ir embora do lugar que vive”, disse Jorge Viana.

O ex-senador, que governou o Acre por dois mandatos (1999-2006) e comandou a capital, estabeleceu um contraste claro com sua própria administração:

  • “O que fez diferença foi meu amor pelo Acre” (conceito de “acreanidade”)
  • Crítica implícita à falta de identidade dos atuais governantes
  • Alertou sobre o risco de perda de capital humano qualificado

Especialistas avaliam que o tom das críticas reflete tanto a insatisfação com os rumos do estado quanto um reposicionamento estratégico do petista, que mantém base eleitoral ativa no Acre mesmo atuando em Brasília. A bola agora está com os alvos das críticas.

“Eu, particularmente, acho que o que faz a diferença e o que fez a diferença quando fui governador e prefeito e até com o mandato de senador, é o meu amor pelo Acre. Eu ver isso jogado fora é o que chamo da pior fase da história do Acre nas últimas décadas, é muito triste, não tem outra palavra”, pontuou.

O episódio reabre feridas da disputa política acreana e coloca luz sobre um problema real: o estado está mesmo perdendo seu povo.

Comentários

Publicado por
Marcus José