O relatório indica que, no Acre, o número de empresas com diferença salarial de até 5% entre homens e mulheres cresceu nos últimos dois anos, acompanhando a tendência nacional de melhora gradual.
O Acre se consolidou entre os estados brasileiros com menor desigualdade salarial entre homens e mulheres, segundo o 4º Relatório de Transparência Salarial do Ministério do Trabalho e Emprego. Enquanto a disparidade média nacional é de 21,2%, no Acre essa diferença cai para 9,1%, colocando o estado ao lado de Piauí (7,2%), Amapá (8,9%) e Distrito Federal (9,3%) como os mais igualitários do país.
O estudo, que analisou 19,4 milhões de vínculos trabalhistas em empresas com mais de 100 funcionários, revela que o número de empresas acreanas com diferença salarial de até 5% entre gêneros tem crescido nos últimos dois anos. Os dados refletem os efeitos da Lei da Igualdade Salarial, sancionada em 2023, que obriga grandes empresas a adotarem medidas de transparência e correção de distorções remuneratórias.
Base: Relação Anual de Informações Sociais (Rais)
Amostra: 54 mil empresas com mais de 100 funcionários
Período: Dados mais recentes disponíveis
O desempenho positivo do Acre reflete avanços na equidade de gênero, possivelmente influenciados por políticas locais e características do mercado de trabalho estadual. Ainda assim, o estado segue desafiado a reduzir ainda mais as diferenças, especialmente para mulheres negras.