Os dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2024, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foto: captada
Com g1/acre
Cinco municípios do Acre aparecem entre os principais produtores de leite e ovos de galinha da Região Norte em 2024, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números reforçam a importância da pecuária e da avicultura para a economia do estado.
Feijó manteve a liderança estadual, com produção estimada em X milhões de litros — o que o coloca entre os 10 maiores do Norte. Na sequência aparecem Mâncio Lima, Tarauacá, Cruzeiro do Sul e Sena Madureira, que juntos respondem por mais de 70% do volume acreano.
A cidade de Acrelândia foi responsável pela produção de 37,1 milhões de litros de leite em 2024, um avanço de 4% em relação a 2023. Já Senador Guiomard concentrou 66% da produção de ovos de galinha do estado e chegou a 10 milhões de dúzias.
No mesmo segmento (ovos), Assis Brasil e Brasiléia se destacam não apenas no Acre, mas em todo o Norte, figurando no topo do ranking regional. A proximidade com mercados do Peru e da Bolívia tem impulsionado a atividade na fronteira. Completam a lista Rio Branco, Xapuri e Plácido de Castro, que ampliaram investimentos em granjas tecnificadas nos últimos anos.
Os dados integram a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) do IBGE e revelam crescimento contínuo do setor, impulsionado por políticas de incentivo e adaptação a normas sanitárias. Para 2025, a expectativa é que o estado amplie sua participação no abastecimento da região Norte.
Desse total, R$ 143 milhões vieram de produtos de origem animal, uma alta de 22,7% em relação a 2023, e R$ 38 milhões da aquicultura, que representa um avanço de 10%.
O Acre registrou, em 2024, um aumento de 4% no número de animais, incluindo bois, galinhas, porcos, cavalos, ovelhas, cabras, codornas e búfalos.
Sozinhos, os bois (5,1 milhões) e as galinhas (2,7 milhões) representaram 96% do total de 8,3 milhões de cabeças.
Os cinco municípios com maior rebanho bovino foram Rio Branco (674.973), Sena Madureira (586.666), Senador Guiomard (403.282), Brasiléia (384.883) e Bujari (380.087).
Na criação de aves, o número de galinhas subiu 2% e passou de 2,7 milhões para 2,77 milhões. Senador Guiomard lidera o ranking com 474 mil, seguido por Brasiléia (392.130), Rio Branco (253.052), Epitaciolândia (234.660) e Tarauacá (193.200).
A criação de porcos ficou praticamente estável, com 159.189 animais, uma queda de 0,3%. Já o rebanho de cabras cresceu 8% e o de ovelhas 2,4%.
A pesquisa sobre abate de animais mostrou ainda que o Acre aumentou em 21% o número de bois abatidos em frigoríficos, e passou de 466.875 em 2023 para 563.599 em 2024, o maior volume dos últimos quatro anos.
O leite e os ovos foram os principais responsáveis pelo avanço do valor da produção. O leite somou R$ 71,5 milhões, crescimento de 14%, puxado pelo preço médio. Já os ovos chegaram a R$ 70,7 milhões, alta de 34%, com aumento da produção.
A produção de ovos está concentrada em três municípios, sendo eles Senador Guiomard (6,7 milhões de dúzias), Rio Branco (912 mil) e Cruzeiro do Sul (866 mil), que juntos respondem por 84% do total.
Na piscicultura, a despesca de peixes caiu 7% e ficou em 2,3 mil toneladas, mas o valor da produção subiu 8% e alcançou R$ 35,7 milhões. Brasiléia liderou com 360 toneladas, seguido por Rio Branco (253 t), Cruzeiro do Sul (238 t), Mâncio Lima (197 t) e Rodrigues Alves (178 t).
Além disso, a produção de mel recuou 4% no Acre segundo os dados. Senador Guiomard foi o município com maior participação.
Fonte: IBGE – Pesquisa da Pecuária Municipal 2024
Ainda de acordo com o estudo, o valor da produção da pecuária brasileira chegou a R$ 132,8 bilhões em 2024, crescimento de 8,8% em relação ao ano anterior. A maior parte veio de produtos de origem animal que somaram R$ 121,1 bilhões. A aquicultura também avançou, com R$ 11,7 bilhões em produção.
Outro destaque foi a produção de leite, que atingiu 35,7 bilhões de litros, um recorde histórico. Ao mesmo tempo, o número de vacas ordenhadas caiu 2,8%, que totalizou 15,1 milhões, o menor número desde 1979.
Já o rebanho bovino nacional fechou o ano com 238,2 milhões de cabeças, o segundo maior da série histórica. Apesar da leve queda de 0,2% em relação ao ano anterior, o Brasil registrou recordes no abate de bois, suínos e frangos, além de aumento nas exportações de carnes in natura.
Segundo análise do IBGE, a redução do rebanho bovino está ligada ao ciclo da pecuária. Nos últimos anos, houve aumento do abate de fêmeas por conta da valorização do bezerro e do preço da arroba, o que desestimulou a retenção de matrizes para reprodução.