Acre sentirá mais efeitos da crise

Dependente do Governo, Acre é mais vulnerável

Em 2015, o Acre sentirá, como poucos, os efeitos da crise que já se anuncia. O aperto no acesso ao crédito (tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica); a projeção do PIB brasileiro para 1,10%; a eterna indefinição de uma política de valoração da floresta reforçam o cenário temeroso para o ano que vem.

Se o Brasil não crescerá, as possibilidades de que o Acre cresça menos ainda é grande. E não adianta assessores do Governo dispararem press-release desinformando que “a indústria do Acre cresce ‘a passos largos’ (sic)” que isso não terá efeito prático nenhum.

O termo que os economistas usam para o quadro brasileiro é “recessão técnica” (quando há dois resultados negativos em trimestres seguidos). É uma forma de dizer que “não tá crescendo, mas pode melhorar”. O Acre, que depende de praticamente tudo do Governo Federal, está mais vulnerável.

Novo secretário_ O novo secretário de Indústria e Comércio pode ser uma das maiores surpresas da nova equipe. O presidente da Assembleia Legislativa, Elson Santiago, é o nome da vez.

Especulações à parte, o vazamento estratégico por parte do Palácio Rio Branco dessa informação já é, por si, uma referência importante. Seja ou não Santiago, o que Tião Viana diz ao cogitar uma nomeação dessas é o seguinte: “É Indústria? É Comércio? É sobre Economia? Então, falem direto comigo!”

Aliás, Viana já fez essa declaração em encontro com empresários durante campanha eleitoral. Foi uma maneira até fora do tom (para não dizer deselegante) com o colega Edvaldo Magalhães, sempre tão obediente.

Santiago entende tanto de Economia quanto os jornalistas entendem de Física Quântica. Será um garoto de recados do Palácio Rio Branco. Mas, de acordo com alguns empresários ligados à Fieac e à Acisa (surpreende a impressão semelhante sobre a ação da Sedens) “se ele escutar e der o recado e não atrapalhar, já ajuda”.


Da agazeta.net

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Publicado por
Alexandre Lima