Cotidiano

Acre registra queda de 30% em financiamentos do FNO em 2025, na contramão do crescimento nacional

Estado movimentou R$ 355,4 milhões entre janeiro e agosto, abaixo dos R$ 507 milhões do mesmo período de 2024; fundo constitucional do Norte cresceu 22% na região

De acordo com o MIDR, o FNO movimentou R$ 11,4 bilhões entre janeiro e agosto, um avanço de 22% na comparação com 2024. Foto: captada 

Enquanto os Fundos Constitucionais de Financiamento registraram crescimento médio de 13% em todo o país entre janeiro e agosto de 2025, o Acre apresentou uma queda de 30% no volume de contratações pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).

Os dados divulgados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) mostram que o estado movimentou R$ 355,4 milhões em financiamentos no período, bem abaixo dos R$ 507 milhões contratados no mesmo intervalo de 2024.

Desempenho regional comparado
  • Acre: -30% (R$ 355,4 milhões)
  • Amapá: +171%
  • Amazonas: +44%
  • Pará: +58% (R$ 4,1 bilhões)
Panorama nacional dos fundos
  • FNO (Norte): R$ 11,4 bilhões (+22%)
  • Total dos 3 fundos: R$ 52,7 bilhões
  • Meta 2025: R$ 73,2 bilhões
Setores beneficiados
  • Rural: R$ 6,04 bilhões (FNO)
  • Comércio e serviços: R$ 2,1 bilhões
  • Infraestrutura: R$ 1,6 bilhão

O FNO, operado pelo Banco da Amazônia (Basa), tem como foco o apoio a empreendedores urbanos, produtores rurais e micro e pequenas empresas na Região Norte. O recuo acreano ocorreu enquanto outros estados da Amazônia Legal registraram crescimentos expressivos, com destaque para o Amapá (171%) e Pará (58%).

Em todo o país, os três fundos constitucionais (FNO, FNE e FCO) somaram R$ 52,7 bilhões em contratações até agosto, com meta de atingir R$ 73,2 bilhões até o final de 2025. O setor rural continua sendo o principal beneficiário, com R$ 18,7 bilhões liberados nacionalmente.

A retração no Acre preocupa diante do crescimento vigoroso nos estados vizinhos, sugerindo entraves locais à captação de recursos ou redução na demanda por crédito produtivo. O FNO é operado pelo Banco da Amazônia e é crucial para o desenvolvimento econômico regional.

O recuo acreano ocorreu enquanto outros estados da Amazônia Legal registraram crescimentos expressivos, com destaque para o Amapá (171%) e Pará (58%).

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Publicado por
Marcus José