Acre registra menor taxa de desistência de busca por emprego desde 2023, mas ainda tem 22 mil pessoas fora do mercado de trabalho

Queda de 4% no número de pessoas fora do mercado de trabalho no 2º trimestre de 2025 contrasta com taxa de desalento acima da média nacional

Os dados da pesquisa mostram ainda que a taxa composta de subutilização da força de trabalho. Foto: captada 

O Acre encerrou o segundo trimestre de 2025 com 22 mil pessoas (7,3% da população) que desistiram de procurar emprego, segundo dados da Pnad Contínua, divulgados pelo IBGE na sexta-feira (15). O índice é o mais baixo desde fevereiro de 2023, quando ficou em 7,5%.

No primeiro trimestre deste ano, o estado registrava 26 mil desistentes (8,2%). Apesar da melhora, o percentual de desalentados – aqueles que deixaram de buscar trabalho por falta de esperança – ficou em 5,8%, acima da média nacional (2,5%).

O total de pessoas fora da força de trabalho caiu 4% em relação ao trimestre anterior, passando de 315 mil para 302 mil. A taxa de subutilização, que inclui quem trabalha menos do que gostaria ou está disponível mas não busca emprego, chegou a 18,2%, superando a média do Brasil (14,4%).

Principais indicadores do mercado de trabalho no Acre:
  • Queda na desistência: 7,3% no 2º trimestre (22 mil pessoas), contra 8,2% no 1º trimestre (26 mil)
  • Redução de pessoas fora da força de trabalho: 302 mil (abril-junho/2025), queda de 4% em relação ao trimestre anterior
  • Aumento de desalentados: 22 mil no 2º trimestre (5,8% de variação), acima da média nacional (2,5%)
  • Subutilização da força de trabalho: 18,2% no estado, contra 14,4% no Brasil
Comparativo com períodos anteriores
Período Pessoas fora da força de trabalho Desalentados
Abr-Jun/2024 322 mil 23 mil
Jan-Mar/2025 315 mil 20 mil
Abr-Jun/2025 302 mil (-6% vs 2024) 22 mil
Análise dos números
  • A redução na desistência pode estar relacionada a programas locais de incentivo ao emprego ou à retomada de setores econômicos.

  • O aumento de desalentados (pessoas que não buscam trabalho por falta de expectativa) preocupa, já que o Acre supera em mais do que o dobro a variação nacional.

  • A alta subutilização (18,2%) indica que muitos acreanos trabalham menos do que gostariam ou estão em ocupações informais.

Especialistas sugerem políticas públicas focadas em qualificação profissional e estímulo à formalização para melhorar esses indicadores. O governo do estado ainda não se pronunciou sobre os dados.

Dados nacionais

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 5,8% no segundo trimestre de 2025. O índice recuou em 18 dos 27 estados e ficou estável nos outros nove.

Entre os homens, o desemprego foi de menor do que entre as mulheres. Por cor ou raça, a taxa ficou abaixo da média nacional para brancos (4,8%) e acima para pretos (7,0%) e pardos (6,4%). O grupo com ensino médio incompleto teve a maior taxa de desocupação (9,4%).

No Brasil, havia 1,3 milhão de pessoas procurando trabalho há dois anos ou mais, o menor número desde 2014 para um segundo trimestre.

O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 74,2%, e o trabalho por conta própria representou 25,2% da população ocupada, que teve rendimento médio de R$ 3.477.

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Marcus José