Acre registra mais de 170 casos de sífilis até junho deste ano, diz Saúde

Nos seis primeiros meses de 2015, houve o diagnóstico de 174 pessoas.
Casos em gestantes representam 77% do total, ou seja, 134 mulheres.

G1

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) mostraram que o estado já registrou 174 casos de sífilis, entre janeiro e junho deste ano. De acordo com o levantamento, nos últimos cinco anos, houve o registro de 1.130 diagnósticos.

Nos seis primeiros meses deste ano, a incidência da doença em gestantes representa o maior percentual do total registrado: 134 casos (77%). Valor que supera o contabilizado em todo o ano de 2013, quando houve o contabilização de 130 grávidas doentes. Já em 2014, a Sesacre contabilizou 246 diagnósticos.

Em seguida, aparecem os casos de sífilis congênita (adquirida pelo bebê na gestação), 34 diagnósticos, o que corresponde a 19.5%. Desses casos, a distribuição por sexo mostrou que, das pessoas que nasceram infectadas, 19 são mulheres e 15 homens.

Por último, aparecem os pacientes com adquiriram sífilis no decorrer da vida. Os dados da Sesacre apontaram que, desde o início deste ano, somente seis ocorrências da doença foram registradas (3.4%). Desses, quatro são do sexo feminino e dois masculino.

De acordo com a diretora da Vigilância Epidemiológica de Rio Branco, Socorro Martins, o tratamento para combater a doença é feito nas unidades de saúde municipais. “Na unidade de saúde é feito um teste rápido. Se for diagnosticado, o paciente já passa para o tratamento no próprio local e é algo curto, na mesma semana, é concluído”, explica.

Em relação à ocorrência da sífilis em gestantes, a mais expressiva nos dados estaduais, Socorro acredita que a obrigatoriedade de cada caso ser informado faz com que os números sejam maiores. Somente em 2014, dos 246 casos do estado, 150 ocorreram em Rio Branco. Neste ano, até o final de junho, diz a direitora, o município diagnósticou 66 mulheres grávidas.

“A sífilis em gestante é grande porque melhorou a notificação, porque antes não era notificado e agora é compulsória, ou seja, cada caso precisa ser informado. Por ter agora o teste em todas as unidades, a doença é detectada precocemente e já é tratada. Agora, temos dados mais confiáveis”, finaliza.

Sífilis
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível que, se não tratada, pode comprometer o sistema nervoso central, o sistema cardiovascular, além de órgãos como olhos, pele e ossos.

O tratamento, simples e eficaz, consiste em injeções de penicilina benzatina, medicamento conhecido pelo nome comercial de Benzetacil.

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Publicado por
Alexandre Lima