Acre

Acre registra aumento alarmante de hospitalizações infantis por síndrome respiratória

Boletim da Fiocruz aponta Rio Branco entre as capitais com maior crescimento de casos; vírus sincicial respiratório (VSR) é o principal causador

Os especialistas monitoram a co-circulação de outros vírus respiratórios, como influenza e SARS-CoV-2, que podem agravar o quadro epidemiológico. Foto: ilustrativa 

O Acre enfrenta um preocupante crescimento nas hospitalizações de crianças por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com destaque para a capital Rio Branco, segundo o mais recente Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os dados, referentes à última semana de março, revelam que o estado está entre as unidades da federação com níveis considerados de alto risco, impulsionados principalmente pela circulação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), principal agente de bronquiolite em menores de 2 anos.

O cenário epidemiológico coloca Rio Branco entre as 12 capitais brasileiras com tendência de aumento nas internações, acompanhando cidades como Belém, Boa Vista e Brasília. A Fiocruz alerta para a gravidade da situação, especialmente na faixa etária até 2 anos, onde as infecções por VSR podem evoluir rapidamente para quadros graves que exigem hospitalização.

“Estamos diante de um padrão sazonal preocupante, com transmissão comunitária intensa do VSR, que representa risco significativo para a população infantil”, explica o pesquisador responsável pelo boletim. No Acre, os serviços de saúde já registram aumento na demanda por atendimento pediátrico e leitos de internação.

Além do VSR, os especialistas monitoram a co-circulação de outros vírus respiratórios, como influenza e SARS-CoV-2, que podem agravar o quadro epidemiológico. A Secretaria Estadual de Saúde do Acre orienta que pais e responsáveis fiquem atentos aos sintomas iniciais – como dificuldade respiratória, febre persistente e prostração – e busquem atendimento médico imediato nos casos mais graves.

Diante do cenário, a Fiocruz recomenda o reforço das medidas de prevenção, especialmente em creches e escolas infantis, além da priorização do acompanhamento pré-natal para gestantes, como forma de proteger os recém-nascidos. As autoridades sanitárias acreanas estudam medidas emergenciais para ampliar a capacidade de atendimento pediátrico na rede pública.

A Fiocruz recomenda o reforço das medidas de prevenção, especialmente em creches e escolas infantis, além da priorização do acompanhamento pré-natal para gestantes, como forma de proteger os recém-nascidos. Foto Art

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Publicado por
Marcus José