Cotidiano

Acre registra 50 casos de envenenamento em dez anos, enquanto números nacionais batem recorde histórico

Estado teve 3 notificações em 2025, abaixo do pico de 13 registros em 2023; Brasil já contabiliza 560 casos e 15 mortes por envenenamento criminoso este ano

As notificações são feitas por profissionais de saúde por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que reúne informações de todo o país. Foto: captada 

O Acre registrou 50 casos de envenenamento nos últimos dez anos, conforme dados do Ministério da Saúde compilados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Em 2025, o estado contabiliza três notificações – número inferior aos 13 casos registrados em 2023, ano que representa o pico da série histórica local.

Enquanto os números acreanos mostram oscilações anuais, o cenário nacional preocupa: o primeiro semestre de 2025 registrou recorde histórico de envenenamentos criminosos, com 560 casos e 15 mortes em todo o país, representando aumento de 9% em relação ao mesmo período de 2024. Desde 2007, o Brasil acumula 11.630 vítimas de envenenamento criminoso, com ocorrências que dobraram na última década.

Casos de grande repercussão, como o da universitária Ana Paula Veloso Fernandes – investigada em São Paulo como possível serial killer -, têm chamado atenção para a gravidade desse tipo de crime em todo o território nacional.

Evolução das notificações no Acre
  • 2025: 3 casos (até o momento)
  • 2024: 7 casos
  • 2023: 13 casos (pico da série)
  • 2015-2022: Oscilação entre 1 e 7 casos anuais
Cenário nacional alarmante
  • 1º semestre/2025: 560 casos e 15 mortes (+9% vs 2024)
  • 2007-2025: 11.630 vítimas no Brasil
  • Evolução decenal: Casos dobraram (577 em 2015 → 1.141 em 2024)
  • Mortes: 220 óbitos desde 2007 (número estável)
Casos de repercussão
  • Ana Paula Veloso Fernandes: Universitária investigada como possível serial killer em São Paulo

  • Casos reforçam necessidade de notificação e investigação adequadas

Os números acreanos, embora modestos frente à realidade nacional, alertam para a necessidade de vigilância epidemiológica constante, especialmente considerando a subnotificação comum neste tipo de agravo. O crescimento nacional exige políticas específicas de prevenção e investigação.

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Publicado por
Marcus José