Estado intensifica medidas preventivas em cidades fronteiriças; não há casos confirmados no território acreano. Foto: captada
O Acre está reforçando as medidas de prevenção contra o sarampo após o aumento de casos registrados na Bolívia. Até o momento, não há confirmações da doença no estado, mas a Secretaria Estadual de Saúde (SESACRE) e as equipes do Plano Nacional de Imunizações (PNI-AC) já estão intensificando a vigilância e a vacinação, principalmente nas cidades fronteiriças de Plácido de Castro, Capixaba, Epitaciolândia, Brasiléia e Assis Brasil.
De acordo com a secretária adjunta de Atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes, a Bolívia já registrou 80 casos da doença. Ela destacou que, embora não haja confirmações no Brasil, a rede de saúde acreana está preparada para agir rapidamente em caso de suspeitas.
“Toda a nossa estrutura, desde hospitais até laboratórios, está pronta para responder em até 72 horas com resultados de exames se houver alguma notificação”, afirmou Ana Cristina Moraes. A SESACRE também está orientando a população sobre a importância da vacinação e monitorando as áreas de maior risco para evitar a disseminação do vírus.
Além da preparação dos laboratórios e unidades de saúde, a gestora afirma que o Ministério da Saúde (MS) está articulando estratégias junto a vários estados que também ficam na área de fronteira com a Bolívia para evitar infecções no país. A cidade de Cuiabá, no Mato Grosso, também emitiu alerta para reforçar a prevenção ao contágio do sarampo.
Outra medida adotada pela Sesacre em diálogo com o governo federal é a organização de oficinas com profissionais dos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia.
“Estamos trabalhando através do nosso Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) estamos trabalhando as barreiras ali na fronteira, a intensificação da vacina, a orientação e dialogando também com o secretário de Saúde de Pando para que a gente possa manter uma barreira sanitária para que esse vírus não chegue a entrar no Brasil”, acrescentou a secretária adjunta.
O Acre está há 25 anos sem casos autóctones – ou seja, de transmissão dentro do território – de sarampo. A pasta atribui a marca à aplicação da vacina.
O esquema de imunização contra o sarampo prevê duas doses para pessoas de um a 29 anos. Entre 30 e 59 anos, uma dose é suficiente.
O sarampo é uma doença aguda, transmitida por gotículas emitidas por tosse, fala ou espirro. O vírus possui período de encubação de até 14 dias e os sintomas costumam ser febre, dor de cabeça, manchas no corpo.
“Também podem incluir conjuntivite. Ela pode evoluir para um quadro muito mais grave, com pneumonia, com meningite e até óbito”, alerta a infectologista Cirley Lobato.
De acordo com a secretária adjunta de Atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes, a Bolívia já registrou 80 casos da doença. Foto: captada
Uma das principais formas de se prevenir é evitando aglomerações. Em caso de sintomas, a recomendação é procurar atendimento médico imediato.
Veja como é o esquema vacinal: