Acre poderá ficar sem energia e sem combustível nós próximos dias

Ray Melo, da editoria de política de ac24horas

O superintendente do Ibama, Diogo Selhorst e o representante da Fecomércio, Bruno Paiva alertaram na manhã desta quinta-feira (6), durante reunião na sala de comissões da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), que o Estado poderá ficar sem energia e sem combustível por causa da cheia do Rio Madeira.

Eles pediram que o fato não fosse explorado pela imprensa para não causar pânico e correria aos postos de gasolina, mas afirmam aos deputados estaduais que a situação é bem mais grave do que dizem autoridades de Rondônia e Acre ao relatar a situação das áreas atingidas pelos alagamento.

Diogo Selhorst sugeriu a entrada da Eletronorte, na Comissão Especial de Investigação que apura as causas da cheia história do Madeira. Para ele, existe  risco do rio atingir o linhão que poderá ser desligado e deixar o Acre sem energia. Nem mesmo as termelétricas desativadas resolveriam a situação.

Segundo Diogo Selhorst, mesmo que as termelétricas estivessem em funcionamento não teria diesel para funcionamento dos motores 24 horas por dia. A cheia também provocaria o fechamento da estrada e o desabastecimento dos postos de combustível nos 22 municípios do Estado.

Bruno Paiva informou que muitos postos já estão desbastecidos na capital. Ele pediu que a imprensa não publicasse para não provocar uma correria dos condutores. O representante da Fecomércio destaca ainda que o combustível daria no máximo para dois dias, no caso de pânico entre os motoristas.

Mesmo que o rio vaze nos próximos dias, a Petrobrás precisará de 60 a 90 dias para normalizar o abastecimento, ressalta Paiva. De acordo com ele, muitos tanques de combustível foram invadidos pelas águas, em Rondônia. A limpeza total dos depósitos envolveria um operação demorada e delicada.

Os lojistas de Rio Branco também estariam preocupados. Os estoques nos estabelecimentos de móveis e eletromésticos ainda não foram afetados, mas os empresários temem que a estrada não possibilite acesso normal ao Acre, após a vazante do Rio Madeira.

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Publicado por
Alexandre Lima