Acre pode ter redução no estoque de combustível devido à seca do Madeira, diz sindicato

Apesar disso, Sindicato dos Postos descarta risco de desabastecimento no estado acreano. Neste sábado, Rio Madeira chegou à marca de 9,72 metros.

G1

Quantidade de caminhões diminuiu na travessia das balsas pelo Rio Madeira (Foto: Lincoln Miranda/Arquivo pessoal)

Sindicato dos Postos de Combustíveis do Acre (Sindepac) anunciou, neste sábado (12), que o baixo nível do Rio Madeira, em Rondônia, pode causar a redução no estoque de combustível nos postos do estado acreano. Porém, o órgão descarta, no momento, o risco de desabastecimento.

Os níveis do Rio Madeira afetam o Acre porque o manancial corta a BR-364, única via de terrestre que liga o estado ao restante do país. Neste sábado, o rio chegou à cota de 9,72 metros – 20 centímetros abaixo do registro da sexta (11).

O baixo nível dificulta o tráfego das balsas, na Vila do Abunã, distrito de Porto Velho (RO), que fazem a travessia dos veículos até o Acre, causando filas de carretas que aguardam a vez. De acordo com o Sindepac, a espera chega a aproximadamente 24 horas.

“Não há risco no momento de desabastecimento de combustíveis. Informamos que há sim um atraso na travessia das carretas que trazem os produtos, devido ao engarrafamento na balsa. Com isso, eventualmente, alguns postos podem ter o estoque reduzido, mas que não deve ultrapassar a um dia”, disse em nota.

Na última quinta (10), o governador Tião Viana (PT), do Acre, cumpriu agenda em Brasília e pediu apoio a representantes do governo federal. A solução sugerida foi o decreto de “situação de emergência”. Além disso, uma solicitação de decreto de situação de calamidade na Vila do Abunã deve ser feita pelo Acre ao governo da Rondônia.

A medida, de acordo com o governo do estado, deve mobilizar a intervenção por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou, no mesmo dia, que mais quatro balsas começaram a operar na região para diminuir o tempo de espera na travessia. Até o momento, eram duas embarcações.

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Publicado por
Alexandre Lima