Em números absolutos, são quase 74 mil acreanos não alfabetizados. O número leva em conta apenas pessoas de 15 anos ou mais. Foto: internet
O Acre ocupa a primeira posição no ranking de analfabetismo entre os estados da região Norte, segundo dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com uma taxa de 12%, o estado é o único da região a ultrapassar a marca de 10% de pessoas não alfabetizadas na população adulta – considerando indivíduos com 15 anos ou mais. Em números absolutos, são cerca de 74 mil acreanos nessa condição.
O Tocantins aparece em segundo lugar, com 9,1% de analfabetos, seguido pelo Pará (8,8%). Na contramão, Amapá e Rondônia registram os melhores índices da região, ambos com 6,5%.
Com uma população estimada em 830.018 habitantes, o Acre enfrenta um atraso persistente em indicadores educacionais. O analfabetismo, concentrado principalmente em áreas rurais e entre populações mais vulneráveis, reflete desigualdades históricas e a necessidade de políticas públicas mais efetivas para a alfabetização de jovens e adultos.
Os dados reforçam a urgência de investimentos em educação básica e programas de inclusão, especialmente em um estado que já enfrenta desafios socioeconômicos. Enquanto a média nacional de analfabetismo caiu para 5,6% em 2022, o Acre segue como um dos estados com maior defasagem no país, exigindo atenção especial de gestores públicos.
O IBGE destaca que, embora o Brasil tenha avançado na redução do analfabetismo nas últimas décadas, as disparidades regionais ainda são grandes, com o Norte e Nordeste apresentando os piores índices. No Acre, a situação é ainda mais crítica, demandando ações prioritárias para reverter esse cenário.