Cotidiano

Acre é o 3º estado do Brasil com menos calçadas, apenas 72% da população urbana tem acesso, aponta IBGE

Estudo do Censo 2022 revela que 72% dos acreanos vivem em vias com passeio público; apenas Tocantins tem índice pior. Dados servem para orientar políticas urbanas

O estudo ajuda prefeitos e governadores a elaborarem políticas públicas voltadas ao atendimento das cidades com a oferta destes serviços. Foto: arquivo

Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado na quinta-feira (17), mostra que o Acre é o segundo estado do país com maior proporção de moradores em ruas que possuem calçadas. De acordo com o Censo 2022, 72% da população urbana acreana tem acesso a passeios públicos — atrás apenas de Tocantins (84,7%) e à frente do Amazonas (73,8%).

Na região Norte, o Amapá apresenta o pior cenário: apenas 57,1% dos moradores de cidades vivem em ruas com calçadas. Roraima e Rondônia têm índices próximos (60,3% cada), enquanto o Pará aparece com 64,8%.

Em nível nacional, 84% dos brasileiros (146,4 milhões) residem em vias com calçadas — um avanço em relação a 2010, quando esse percentual era de 66,4%. O estudo também mapeou outros serviços urbanos: 8,8% da população tem acesso a pontos de ônibus ou van próximos de casa, e apenas 1,9% mora em ruas com ciclovias sinalizadas.

Os dados, apresentados em evento em Maceió (AL), servem como base para gestores públicos melhorarem o planejamento urbano e a oferta de infraestrutura nas cidades.

  • 72% dos acreanos têm calçadas em suas ruas
  • 28% da população (cerca de 270 mil pessoas) vivem sem este direito básico
  • Pior desempenho na região Norte, só superando o Tocantins (84,7% com calçadas)
Ranking dos estados nortistas:
  1. Tocantins – 84,7%
  2. Amazonas – 73,8%
  3. Acre – 72%
  4. Pará – 64,8%
  5. Roraima – 60,3%
  6. Rondônia – 60,3%
  7. Amapá – 57,1%
Contexto nacional:

O Brasil avançou nos últimos 12 anos:

→ 2010: 66,4% da população com calçadas
→ 2022: 84% (146,4 milhões de pessoas)

Outros dados relevantes:
  • Apenas 8,8% dos brasileiros têm pontos de ônibus próximos
  • Menos de 2% contam com ciclovias sinalizadas
  • Dados ajudam a priorizar investimentos em mobilidade
Impacto social:

A falta de calçadas:

  • Dificulta a acessibilidade de idosos e PCDs
  • Aumenta acidentes de trânsito com pedestres
  • Desvaloriza imóveis e afeta a qualidade de vida
Para gestores públicos:

O estudo oferece um mapeamento preciso para:

  1. Elaborar planos diretores municipais
  2. Destinar recursos para infraestrutura urbana
  3. Implementar políticas de acessibilidade

Especialistas alertam que a reforma e expansão de calçadas deve vir acompanhada de arborização e iluminação pública para garantir segurança e conforto aos pedestres.

Comentários

Publicado por
Marcus José