Acre

Acre comercializou 91 mil m³ de madeira em tora em 2024, movimentando R$ 17,2 milhões

Estado emitiu 3.692 documentos de origem florestal no período; volume representa redução histórica em relação aos picos de exploração anteriores

Em 2009, por exemplo, foram comercializados 277.489 mil metros cúbicos. Já em 2023, esse volume caiu para 133.352 mil metros cúbicos. Foto: internet 

O Acre comercializou 91.328 metros cúbicos de madeira em tora ao longo de 2024, gerando uma receita de R$ 17.276.641,23, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente. As informações, acessadas nesta segunda-feira (1º), revelam também a emissão de 3.692 Documentos de Origem Florestal (DOF) para a movimentação dos produtos madeireiros.

Evolução histórica da comercialização:
  • 2009: 277.489 mil m³ (pico histórico)

  • 2023: 133.352 mil m³

  • 2024: 91.328 m³ (atual)

Os números demonstram uma redução significativa no volume comercializado nos últimos anos, refletindo tanto a diminuição dos estoques de madeira nativa quanto o aumento das restrições e controles sobre a atividade madeireira no estado. A queda de aproximadamente 67% em relação a 2009 e 31,5% em relação a 2023 indica uma tendência de contração do setor extrativista tradicional.

A redução pode ser atribuída a múltiplos fatores:
  1. Esgotamento de estoques de espécies madeireiras mais valorizadas

  2. Fortalecimento da fiscalização ambiental

  3. Transição para modelos sustentáveis de manejo florestal

  4. Restrições de mercado para produtos de origem florestal não-certificada

Os dados destacam a transformação do setor florestal acreano, que gradualmente migra do extrativismo predatório para modelos de manejo sustentável, com maior valor agregado e certificação ambiental. A atividade madeireira continua sendo relevante para a economia estadual, porém com volumes cada vez menores e sob rígido controle dos órgãos ambientais.

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Publicado por
Marcus José