Ação pede imunização coletiva contra Covid-19 em Manaus

Além da capital do estado, a ação pede ainda prioridade para as cidades de Manacapuru, Tefé, Iranduba, Itacotiara, Parintins, Coari e Tabatinga.

Paciente é transferido de ambulância para hospital em Manaus
Foto: Bruno Kelly – 14.jan.2021/Reuters

Anna Satie da CNN

As Defensorias Públicas da União e do Estado do Amazonas entraram com uma ação ontem segunda-feira (8) para requerer que o governo federal compre doses suficientes da vacina contra Covid-19 para imunizar 70% da população de Manaus e outros sete municípios amazonenses.

A ação ressalta a situação crítica da saúde do estado, que sofre com a falta de leitos e recursos para atender os pacientes da doença.

“O Amazonas enfrenta o quadro mais capótico instaurado pela pandemia de Covid-19, sucumbindo, inclusive, com a crise de oxigênio e estrangulamento do sistema de saúde pública”, diz o texto.

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O documento destaca que, para vacinar só os grupos prioritários do Amazonas, seriam necessárias 2.424.458 doses, mas que, até o momento, o estado só recebeu 450 mil dessas.

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Além da capital do estado, a ação pede ainda prioridade para as cidades de Manacapuru, Tefé, Iranduba, Itacotiara, Parintins, Coari e Tabatinga.

Os defensores justificam ainda que a vacinação em massa seria uma “oportunidade única para avaliar, de forma mais ampla e representativa, não só aspectos relacionados a eventos adversos pós-vacinação, como também e, sobretudo, a efetividade das vacinas em uso no território nacional, gerando informações inéditas, não apenas para o Brasil, mas para o resto do mundo”.

Caso o pedido não seja acolhido, a ação pede que as autoridades considerem a vacinação ao menos das pessoas com mais de 50 anos com intervalos mais espaçados entre as doses e de pessoas de 17 a 50 anos que já tenham contraído a doença com apenas uma dose.

Se nenhum desses pedidos for acatado, as Defensorias propõem que os gestores do Plano Nacional de Imunização reavaliem o critério de distribuição das doses da vacina, levando em conta o critério epidemiológico para atender os locais mais afetados pela pandemia.

A iniciativa, assinada pelo defensor público do Amazonas, Rafael Barbosa, e pelos defensores federais, Ronaldo Neto e João Luchsinger, prevê multa de R$ 200 mil por dia de descumprimento caso a ação seja aceita.

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Publicado por
Marcus José