AC registra mais de 12 mil casos suspeitos de dengue e 3 mortes por complicações da doença

Segundo dados da Saúde, mais de 5,9 mil casos já foram confirmados da doença até o dia 30 de novembro. Rio Branco foi o município com maior número de casos, com 4,2 mil.

AC registra mais de 12 mil casos suspeitos de dengue e 3 mortes por complicações da doença — Foto: Pixabay/Divulgação

Por Iryá Rodrigues

O estado do Acre registrou mais de 12 mil casos suspeitos de dengue até o dia 30 de novembro, segundo último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Mais de 5,9 mil casos foram confirmados da doença.

Os dados apontam ainda que já foram confirmados três óbitos no estado, sendo um em Cruzeiro do Sul, um em Plácido de Castro e outro no município de Rio Branco. A secretaria informou ainda que o município de Cruzeiro do Sul ainda tem dois óbitos em investigação.

Conforme o levantamento, mais de 5 mil foram descartados, 748 casos ainda estão em investigação, aguardando confirmação ou descarte e outros 341 estão como inconclusivos, que é quando excede o período de 60 dias para o encerramento dos casos.

Os municípios que registraram maior número de casos no período analisado foram Rio Branco, com 4.206 casos e Cruzeiro do Sul, com 3.807 casos, o que corresponde a 66,1% dos casos notificados no estado.

No mesmo período em 2018 foram notificados 8.678 casos da doença em todo o estado, dos quais 3.279 foram confirmados, 4.723 descartados e 676 ficaram como inconclusivo.

Ações do estado

A chefe do Departamento de Vigilância em Saúde, Glória Nascimento, afirmou que uma verdadeira força-tarefa tem sido feita para auxiliar os municípios na organização e construção de planos de ação e educação em saúde para o enfrentamento da dengue, zyka, chikungunya.

“A gente notou que desde o final de outubro os dados vêm aumentando. As ações que o estado vem fazendo junto aos municípios é disponibilizando equipes, fazendo educação em saúde, é uma verdadeira força-tarefa, principalmente nos que estão com mais casos. Estamos de mãos dadas com os municípios, e nosso foco maior é sensibilizar a população para fazer a sua parte, cuidar do seu saneamento básico, eliminar recipientes que acumulem água, observar os vasos de plantas e a limpeza dos quintais. Isso porque notamos que é dentro das residências que está o maior foco do mosquito”, disse Glória.

Falta de inseticida

O inseticida utilizado para fazer o fumacê, que ajuda no combate ao mosquito Aedes Aegypti, continua em falta no Acre. Segundo a chefe do departamento, o problema ocorre em todo país.

“Nós não temos o inseticida no momento e não é só no estado, é no Brasil inteiro, porque ele vem do Ministério da Saúde. Essa situação está desde setembro deste ano, agora a gente está esperando, porque vai ser um novo inseticida. Estão fazendo videoconferência com capacitação sobre esse inseticida para os técnicos que vão cuidar disso. Acredito que até o final de fevereiro deve chegar”, afirmou Glória.

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Publicado por
G1 Acre

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