A declaração do presidente da Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia Legislativa do Acre, trouxe um novo elemento ao debate sobre o aumento das emendas parlamentares para 2026. Foto: captada
O deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos), presidente da Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia Legislativa do Acre, condicionou a renúncia ao aumento das emendas parlamentares para 2026 ao cumprimento integral das obrigações do governo com os servidores públicos. A declaração foi dada em entrevista nesta terça-feira (9), durante a discussão sobre a proposta de elevar as emendas individuais de R$ 4 milhões para R$ 5 milhões no orçamento estadual do próximo ano.
— Se o governo garantir que vai dar atualização do PCCR para todos os servidores, saúde, educação, as forças de segurança, a comunicação, a gente abre mão das nossas emendas — afirmou Hassem, direcionando-se à câmera.
O parlamentar rejeitou a ideia de que a discussão sobre emendas inviabiliza o atendimento às demandas dos servidores, argumentando que se trata de assuntos distintos e que não há necessidade de ampliar o orçamento total do estado, apenas promover remanejamentos internos.
— Isso não procede, não tem nada a ver uma coisa com a outra, são assuntos totalmente diferentes, e não depende do orçamento. Ninguém está propondo aumentar o orçamento total do governo do Estado — explicou.
A fala do deputado Tadeu Hassem surge como uma resposta política à pressão de categorias que reivindicam reajustes e cumprimento de acordos salariais. A proposta, segundo ele, não é um ato de confronto, mas um gesto para forçar o diálogo e garantir que os direitos dos servidores sejam honrados pelo Executivo estadual.
“Se o governo garantir que vai dar atualização do PCCR para todos os servidores […] a gente abre mão das nossas emendas”
“Não tem nada a ver uma coisa com a outra, são assuntos totalmente diferentes”
“Não depende do orçamento total, são os remanejamentos que são necessários”
O posicionamento coloca pressão sobre o governo Gladson Cameli em ano pré-eleitoral, vinculando a demanda por mais recursos parlamentares às reivindicações históricas do funcionalismo público. A estratégia busca desfazer a narrativa de que não há recursos para servidores enquanto se discutem aumentos de emendas.