Abrigos no Sul e Sudeste devem reduzir fluxo de imigrantes no Acre

Mais de 2000 imigrantes estão se amontoando no abrigo erguido em local com capacidade para 400 – Foto: Alexandre Lima

Da redação, com Gislaine Vidal

Finalmente, o governo federal apresentou iniciativas para tentar resolver o problema da imigração desenfreada que iniciou em 2010 no Acre, com a chegada de haitianos. De acordo com o anúncio federal, novos abrigos serão criados nas regiões Sul e Sudeste do país.

A primeira capital a receber os imigrantes deve ser São Paulo, em seguida novos alojamentos serão oferecidos nas cidades de Florianópolis/SC, Porto Alegre/RS e Curitiba/PR. As capitais foram escolhidas por que possuem voos internacionais, além de oferecerem mais vagas de empregos aos imigrantes.

Hoje, cerca de 2.200 imigrantes haitianos, senegaleses e dominicanos estão abrigados em Brasiléia, impossibilitados de continuar a viagem pelo país, em virtude da cheia do rio Madeira. A maioria deles, não consegue arcar passagem de avião.

Para a Secretaria de direitos humanos do Acre (Sejudh) a nova ação, vai ajudar principalmente os imigrantes que vão economizar para chegar ao país e de forma legal. Enquanto que pela rota ilegal os coiotes cobram até 4 mil reais, por São Paulo, por exemplo, o imigrante vai gastar no máximo mil reais. “Essa busca de resolver essa situação da rota ilegal vem sendo estudada desde o ano passado. Com a experiência do Acre em acolher e favorecer a emissão de documentos a secretaria nacional sugeriu essa estrutura em locais onde eles se deslocam para fortalecer a rota legal”, disse Rucelino Barbosa, secretário interino da Sejudh.

De acordo com a Sejudh, o Itamaraty já está se articulando junto às embaixadas da rota ilegal para inibir a ação de coiotes e também informar os imigrantes sobre a rota legal. A estimativa é de que em dois anos o fluxo de imigrantes que chegam ao Brasil pelo Acre, diminua 90%.

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Alexandre Lima