Abrigo estadual para imigrantes que funciona em chácara no Acre será fechado em dezembro

A informação foi confirmada pela coordenadora do abrigo. Medida foi tomada após redução do fluxo de imigrantes, diz coordenadora.

Abrigo estadual para imigrantes que funciona em chácara no Acre será fechado em dezembro — Foto: Arquivo pessoal

O abrigo estadual de migrantes, que fica na Chácara Aliança, em Rio Branco, será fechado na primeira quinzena de dezembro, segundo o que passou a coordenação do local. A medida se dá pelo baixo fluxo de imigrantes e também devido à a reabertura das fronteiras após ficarem fechadas na pandemia.

O local é de responsabilidade da Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres (SEASDHM) e, segundo a coordenadora, Suzana Rocha, a medida foi tomada porque o fluxo de imigrantes reduziu após a reabertura das fronteiras depois da onda da Covid. Atualmente, no abrigo estão 4 famílias, no total de 11 imigrantes.

“Quanto ao fechamento, se dá pela reabertura das fronteiras com a redução dos casos de Covid-19. Além disso, foi organizado o fluxo, incluindo os municípios de Brasileia e Epitaciolândia, que agora dividem esforços com Assis Brasil e Rio Branco. O Estado passou cofinanciar estes abrigos municipais”, destaca.

Abrigo estadual, que funciona em chácara, atende e orienta imigrantes — Foto: Arquivo pessoal

Ainda em 2016, começou a ser registrado o fluxo desses mesmos imigrantes fazendo a rota inversa, agora de saída do Brasil para outros país e, mais uma vez, o Acre se tornou corredor de passagem para esses grupos. Apesar de haitianos serem a maioria, há também outras nacionalidades, como senegaleses, venezuelanos e outros.

Na época da pandemia, com as fronteiras com outros países fechadas, esses imigrantes que saíram do sul e sudeste do país e que usam o Acre como porta de saída passaram a ficar retidos no estado. Quem tentava entrar no Brasil por essa fronteira conseguia passar para o estado acreano, mas não sair por ele mais. O clima era de tensão.

No começo deste ano, as fronteiras foram reabertas e, agora, segundo a coordenadora, os grupos conseguem seguir para os destinos, já que, independente da rota, o Acre geralmente é apenas um local de passagem.

“Todos que estavam aqui seguiram seu destino. Duas famílias já estão sendo incluídas no aluguel social, pois as mesmas pretende residir no estado. Todos foram acompanhados para interiorização ou para o aluguel social”, destaca.

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Publicado por
G1 Acre