Se nos dois governos de Jorge Viana (1999-2006) e no do sucessor Binho Marques (2007-2010) o ponto da política de produção no Acre esteve voltada para a economia do extrativismo vegetal, os dois mandatos de Tião Viana caminham para ser o mais “ruralista” entre as gestões petistas no Estado.
Colocando a “florestania” (pensamento que predominou nos governos do irmão) de escanteio, Tião Viana tem investido pesado desde o começo do mandato em ações para o fortalecimento da produção rural acreana. Além do projeto de piscicultura, Viana foca atenção no cultivo de grãos e fortalecimento da pecuária, uma das mais competitivas do país.
Um dos exemplos mais claros desta nova roupagem desenvolvimentista do mandato do petista está na quantidade investida somente na estocagem de grãos: ao todo são mais de R$ 12 milhões. A construção destes silos tem se concentrado no Alto e Baixo Acre, onde se fica a principal “fronteira agrícola” do Estado.
Mas esta guinada mais à direita de Tião Viana não se deu à toa, sendo muito mais uma necessidade de sobrevivência política. A oposição tem usado nos últimos anos a crítica da falta de produção agrícola no Estado como um dos principais fatores para o seu não desenvolvimento econômico.
A crítica ficou evidente na crise da cheia do rio Madeira ano passado, quando até ovos precisaram ser importados em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira). A reforma do primeiro escalão de Tião para os próximos quatro anos mostra que o setor rural continuará sendo uma de suas prioridades. Nas pastas responsáveis pelo campo ele colocou seus auxiliares mais diretos, e onde tem maior poder de exercer influência.
Da ContilNet