“A crise provocada pelo PT deu aos acreanos o pior Natal da história”, diz senador Sérgio Petecão

“Não tenho nada contra a pessoa do prefeito Marcus Alexandre, mas ele não pode fugir disso. Ele é cria do PT e foi eleito com a máquina criminosa do PT”

Petecão: “Nós vamos mostrar para as pessoas que o PT não é mais legal para o Acre, nem para o Brasil. Pelo contrário.”

O senador Sérgio Petecão (PSD) fecha 2015 dirigindo um dos partidos que mais cresceu no Acre, com pré-candidaturas fortes em pelo menos quatro municípios, mas liderando, a convite dos demais partidos, uma oposição com muitos candidatos em Rio Branco, o que passa sensação de desunião. É sobre isso e sobre a crise devastadora que ele faz uma resenha do ano e arrisca previsões nada alentadoras para o futuro. Tanto que encerra a entrevista com a batida, mas atual visão do caos: “A crise causada pelo PT deu aos acreanos um dos piores natais da história”. Quanto ao futuro, econômico nas previsões: “Uma hora chegará a vez do Acre crescer e se desenvolver, como outros estados”.

Leia a seguir a entrevista concedida por ele a Contilnetnoticias:

ContilNet – Senador, a oposição se despede de 2015 sem um nome definido para a disputa pela prefeitura da capital, Rio Branco. Pelo contrário: são vários nomes colocados na mesa. Como vai se definir isso em 2016?

Petecão – Na verdade o momento é favorável para a oposição, dai essa animação de todos os partido para querer lançar candidatos, mas ai é que nós temos que ter a responsabilidade e a prudência de lançar o melhor candidato. Quem é o melhor? É aquele que se enquadra no perfil do bom administrador. Dai é onde vem o grande desafio para nós que estamos conduzindo esse processo, eu o Marcio Bittar, o Flaviano, o Gladson e outras lideranças. Não adianta só ganhar a eleição. Tem que ganhar e fazer bonito. Nós temos exemplos de prefeituras que ganhamos e lá foi onde perdemos o governo. O PT está numa situação muito difícil – se é que existe fundo do poço, é onde o PT está, no Acre e no Brasil todo, por isso temos que ter muita responsabilidade de tirar o PT, mas cuidar bem das pessoas.

A despeito dessa crise PT, o prefeito Marcus Alexandre começa bem cedo a se desvincular da sigla para tentar se reeleger. Não usa mais vermelho e se comporta como se fosse totalmente diferente de seus criadores. Como a oposição vai reagir a isso?

Ele pode tentar de tudo para tirar a responsabilidade das costas, mais não vai conseguir. Não vai enganar por muito tempo. Não tenho nada contra a pessoa do prefeito, mas ele não pode fugir disso. Ele é cria do PT e foi eleito com a máquina criminosa do PT. Ele pode usar o azul, o verde, o amarelo, o preto, não vai adiantar. Nós vamos mostrar para as pessoas que o PT não é mais legal para o Acre, nem para o Brasil. Pelo contrário.

O senhor assumiu a liderança da oposição de uma vez por todas?

Isso é uma responsabilidade muito grande. Eu já falei para o Marcio, para o Flaviano, pro Rocha, que não quero assumir isso sozinho. Me sinto lisonjeado, mais não quero estar acima de um Rocha, de um Flaviano, agora, como eu estou com um mandato de senador, posso ajudar muito.

Então como o senhor vai ajudar no processo de escolha de um candidato competitivo? Porque hoje, se a eleição fosse hoje, o atual prefeito iria disputar com uns três ou quatro candidatos da oposição…

Olha, eu já fiz o dever de casa, para dar exemplo. Chamei o pré-candidato do meu partido, o meu amigo e irmão Lael Boi, e disse a ele, Lael, nós não vamos ajudar a oposição com essa nossa candidatura. Então ele desistiu e espero que o mesmo bom senso seja usado nos outros partidos.

O PSD, seu partido, parece fechadinho com o PMDB?

Não. Nossa prioridade no momento foi cortar na carne, ao retirar nossa pré-candidatura. O Lael é um jovem, cheio de sonhos, mas não queremos pagar o preço por dividir a oposição. Nosso outro grande foco é montar nossa chapa de vereadores.

No interior seu partido já tem candidatos em alguns municípios. O senhor negocia, retira alguma candidatura para juntar na capital?

Temos algumas lideranças, nomes fortes, como em Epitaciolândia, Acrelândia, Tarauacá, Bujari, que estão trabalhando muito para se viabilizar dentro da oposição. Mais não seremos radicais. Se for preciso a gente recua.

Qual a chance de o senhor deixar o PSD e ir para outro partido. E numa peça publicitária, na TV, que circula esses dias, o senhor diz que seu partido foi o que mais cresceu. Cresceu quanto?

A chance de eu sair é zero. Eu ajudei a fundar esse partido, junto com o Cassab, então vou sair? Nunca. Quanto ao crescimento aqui, é notório. Temos diretórios em todos os municípios, temos candidatos a vereador, enfim… as pessoas entenderam a proposta do nosso partido e se chegaram. Ficamos gigantes em menos de dois anos.

Mudando um pouco o rumo da prosa, senador, o senhor acaba de trazer a Rio Branco o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Ele deu uma palestra para empresários locais e, sem querer, expôs a fragilidade do governo acreano que espécie de contribuição o senhor acha que deu?

E olhe que ele foi comedido… lembro que um empresário perguntou quantas secretarias ele tem no governo dele, ele respondeu: dez! Dez! Já pensou! Aqui, numa pobreza dessas, o Tião Viana tem quase 30. Lá ele cortou cinco mil cargos comissionados. Aqui as pessoas sabem que não tem mais onde colocar cargos comissionados. Então ele não expôs nada ao ridículo. Coitado, ele não teve a intenção. Pelo contrário. Ele empolgou os empresários ao mostrar que o futuro é promissor para a nossa região se a gente saísse dessa coisa chata do desenvolvimento sustentável, da florestania. Isso não deu certo.

Qual a mensagem de final de ano para os acreanos?

Olha esse é o final de ano mais triste para os acreanos. Tenho conversado com empresários, comerciantes, pensa numa crise. Tem muita gente desempregada. Mais espero que as pessoas tenham ao menos paz, nos apegar a Deus, se ligar no nascimento do menino Jesus, já que a crise que o PT promoveu no Brasil e no Acre matou o Natal do nosso povo. Foi o pior da história.

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Publicado por
Alexandre Lima

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