Deracre inicia obras de mais de R$ 200 milhões, incluindo anel viário de Epitaciolândia e Brasiléia, ramais e duplicação de estrada

O Deracre terá esse ano mais de R$ 200 milhões para obras e a responsabilidade de tocar grandes projetos do governo, como as obras dos ramais no valor de R$ 94 milhões e o anel viário de Epitaciolândia e Brasiléia.

O diretor presidente do Deracre, engenheiro Petrônio Antunes faz um diagnóstico da importância dessas ações, do compromisso do governo com obras estruturantes, garante que ainda serão executadas duplicação de estrada em Cruzeiro do Sul e o anel viário de Rio Branco e que o Deracre e a Seinfra só esperam a liberação do orçamento federal para pagar a patrulha motorizada que já está no estado e vai se agregar á frota de máquinas. Veja a entrevista exclusiva.

A TRIBUNA – O senhor disse acreditar que o anel viário de Epitaciolândia será uma obra fundamental para aquela região do estado. Por que o senhor defende essa posição? O que representa esse anel viário que começa a ser construído agora?

Petrônio Antunes, diretor presidente do Deracre – O anel viário vai resolver um dos gargalos referentes à trafegabilidade. Hoje, aquela ponte entre Brasileia e Epitaciolândia é extremamente frágil e não atende à necessidade do transporte de grande fluxo de importação, exportação e comércio em geral. Então, fazendo o anel viário, vai se conseguir esse fluxo contínuo, principalmente com a inauguração da ponte do rio Madeira, que vai acontecer agora no dia 29 de abril. Também ali havia um gargalo, a balsa encarece essa logística. Então, com o anel viário executado em Brasileira e Epitaciolândia, toda a BR 317 por dentro do Acre, que se conecta à BR 364 que liga o Acre aos estados do Sul, se transforma em uma rodovia contínua até a fronteira. Há anos, essa rodovia, teve a conclusão  de seu afastamento, alargamento da fronteira até o Pacífico. Então, vai permitir  ter do Pacífico ao sul do país a interligação sem nenhum entrave de balsa ou qualquer situação que prejudique esse transporte de cargas, com nesse anel.

A TRIBUNA – – Qual o prazo para a obra e o que ela vai gerar de empregos diretos e indiretos?

Petrônio Antunes – A obra está orçada em torno de R$56 milhões. Claro que há outros investimentos, como gerenciamento, desapropriações. Somando tudo vai dar mais de 60 milhões. A licitação foi ganha por um consórcio de três empresas trabalhando, uma no setor de Brasileia, outra no setor de Epitaciolândia e outra na obra de arte que é a ponte. A obra vai gerar empregos diretos, que devem chegar a 300 contratos, porque é uma obra pesada. De 300 a 400 empregos,  fora todos os empregos indiretos que vão atender a região. Por exemplo, a alimentação para esses homens. Vai ter que ter restaurante da região atendendo. Dormitório. Os hotéis vão atender essa situação. Então, gera um movimento naquela economia local muito grande.

A TRIBUNA – O governador anunciou que tem planos de executar ainda em seu mandato as obras de duplicação de estada da Cohab ao aeroporto, em Cruzeiro do Sul e o anel viário de Rio Branco. O senhor acha exequíveis essas obras?

Petrônio Antunes – Sim. A duplicação de Cruzeiro está licitada. Eu vou assinar o contrato agora essa semana. Vamos publicar o contrato e dar a Ordem de Serviço. Até o final do mês acontecerá essa Ordem de Serviço já para iniciar a obra. Esse recurso está garantido através do BNDES,  uma operação de crédito e com recursos próprios. Então essas obras já são uma realidade e elas têm dois verões para serem executadas. Elas vão ser executadas em etapas. Já tem uma etapa prevista para o final do ano. Serão obras pesadas. A mobilização vai ser grande, mas são obras rápidas de terraplanagem e pavimentação.

A TRIBUNA – Como será o trabalho do Deracre na recuperação de ramais este ano? Quais as metas e os prazos?

Petrônio Antunes – Ramais. A gente tem que deixar bem claro que a responsabilidade dos ramais é das prefeituras. É dos municípios. O governador, como democrata e extremamente solícito a todos os municípios e parceiros de todos os acreanos, vem, desde 2019, fazendo convênios com os municípios, injetando recursos para auxílio ao combustível e manutenção de máquinas com parceiras, somando esforços com os municípios para fazer as manutenções de ramais. Essa é a manutenção rotineira de ramal. Além disso, nós vamos ter recursos do governo federal, que já foram licitados em parte e que vão ser licitados esse ano, para começar ainda em 2021 obras mais estruturantes, como bueiros que são pontos críticos, levantamento de atoleiros. Sena Madureira e Senador Guiomard têm recursos em torno de R$12 milhões e também há os tão esperado R$94 milhões, para cumprimento de oito metas, em Epitaciolândia, Brasileia, Plácido de Castro, Porto Acre e Rio Branco. São cinco municípios para essa verba.

A TRIBUNA – Como andam as parcerias com as prefeituras para o trabalho conjunto? Em que municípios esse trabalho já acontece?  

Petrônio Antunes – Na verdade, a gente trabalha com todas as prefeituras. Teve a Operação Apoio agora no início do ano, para ajudar os municípios em relação a enchentes, ao combate à dengue. Então foram assinados convênios com praticamente todas as prefeituras. Com as que não foram assinados convênios, foram feitas ações diretas. Teve ação em Sena Madureira. Teve ação em Rio Branco. Teve ação em Tarauacá. Esses municípios foram os mais atingidos. De uma forma geral, os prefeitos são parceiros do Deracre, como o Deracre é parceiro deles. E a gente trabalha bem nessa relação com as prefeituras. E  vai acontecer convênio para ramal. Depois, também será renovado o convênio de tapa buracos, como foi feito no ano passado e que vai ser mantido esse ano. Vai depender só da questão financeira-orçamentária, mas já está previsto. Vamos continuar com a parceria, porque juntando estado e municípios pode-se fazer um pouco  mais.

A TRIBUNA – A deputada Vanda Milani ressaltou o trabalho do Deracre na recuperação e construção de pontes. O que representa esse trabalho e quais as metas já executadas e previstas?

Petrônio Antunes – É assim: nesse trabalho, a gente tem duas equipes, uma de construção de pontes e outra de manutenção de pontes. Pontes de ramais. Pontes em madeira. Essas pontes já existem. O que se faz? Juntamente com as prefeituras ou até mesmo com a comunidade ou com o Imac, fazemos a parceira. A gente entra com a mão de obra e as ferragens das pontes e o pessoal entra com a madeira. No caso do evento que a deputada Vanda Milani destacou, o Imac está doando a madeira apreendida para que alguns municípios façam casas, outros vão serrar para fazer as pontes. Então essa parceria com o Deracre é para manutenção e execução dessas pontes. É outra parceria que sempre envolve a prefeitura, a comunidade do ramal e outros entes, como o Imac.

A TRIBUNA –  Como está a situação da aquisição de novas patrulhas mecanizadas pelo Deracre?

Petrônio Antunes – Na verdade, a aquisição não é pelo Deracre. Foi pela Seinfra. Foi licitado e adquirido. Nós temos outra patrulha sendo licitada agora, já que foi aprovada a emenda e a gente está licitando. São vários lotes. Mas a é constituída de 108 máquinas. Ela está adquirida e está exposta na concessionária. O que que acontece? Todo mundo está vendo aí nos diários nacionais, nos noticiários nacionais que o orçamento ainda não foi efetivado. Então nós estamos com um grande problema na liberação de recursos do governo federal. Os ministérios ainda não têm orçamento para ser executado. Então se o governo não liberar o orçamento e o ministério não fizer o repasse, o governo do estado ainda não tem como pagar as patrulhas. Essa patrulha vai ficar na concessionária até a gente fazer o pagamento. Então se está dependendo do orçamento.  Não é o Deracre. Não é a Seinfra. Estamos dependendo da liberação do recurso federal.

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Publicado por
Marcus José

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