A pandemia segue no Acre a tendência de matar mais idosos. Do total de óbitos, 70,23% são de pessoas a partir dos 60 anos. Nesta faixa etária já foram contabilizados 802 óbitos.

Com informações assessoria

Acre completa um ano desde que registrou primeiros casos de Covid-19 e vive o pior momento da pandemia

No dia em que o Acre completa um ano de pandemia de Covid-19 o governador do Acre afirmou que as autoridades do estado estão cansadas por causa da batalha travada para salvar vidas.

O governador se reuniu com o prefeito de Rio Branco, presidente da Aleac e demais autoridades na noite de terça-feira (16) para traçar novas estratégias para tentar conter o vírus.

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Conforme a secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), os três primeiros casos de Covid-19 no Estado foram registrados em Rio Branco, sendo de um homem de 30 anos, uma mulher de 50 (ambos tinham vindo de São Paulo) e outra de 37 anos, esta última estava em Fortaleza.

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“Este é um encontro para que todos nós possamos estar de mãos dadas para diminuir esse sofrimento que o Acre vive. Nesse um ano de combate, eu digo meu muito obrigado a todos os poderes que estão juntos conosco desde o início. Confesso que estamos todos cansados. E agora preciso que sejam tomadas decisões que possamos dividir, além de termos toda a base legal”, destacou o governador Gladson Cameli.

Estado vive o pior momento da pandemia

Após a chegada da terrível doença que até então os acreanos só acompanhavam pela televisão., o que ninguém imaginava é que um ano depois, mesmo com a chegada da tão sonhada vacina, a pandemia continuasse a fazer parte da rotina de todos os acreanos e o que é pior, com os casos aumentando a cada dia e o sistema de saúde em colapso, obrigando o governo a transferir pacientes para outros estados por falta de leitos nas unidades hospitalares.

Os números da pandemia no Acre assustam. De acordo com o último boletim oficial divulgado, o estado tem em um ano o total de 63.378 pessoas infectadas. Se levarmos em consideração a estimativa do IBGE de que a população acreana é de 894.470 habitantes, significa que mais de 7% de todos os moradores do Acre já foram contaminados pelo novo coronavírus. O percentual mostra o alto nível de contaminação que tem a pandemia.

Acre segue sem leitos de UTI – Foto: Júnior Aguiar/Secom

Apesar de Rio Branco concentrar quase 46% dos casos da doença, municípios pequenos como Assis Brasil, Xapuri e Tarauacá apresentam uma incidência de mais de 10 mil casos por cada 100 mil habitantes. A pandemia, em um ano, deixou um rastro de tristeza no coração dos acreanos. Até esta terça, o estado contabiliza 1.140 mortes causadas pela Covid-19.

A pandemia segue no Acre a tendência de matar mais idosos. Do total de óbitos, 70,23% são de pessoas a partir dos 60 anos. Nesta faixa etária já foram contabilizados 802 óbitos.

Uma outra “certeza” que deixou de ser regra após um ano é de que a doença só é perigosa para quem tem comorbidades. Apesar de apresentar um quadro mais complicado para quem tem alguma doença como diabetes, hipertensão, obesidade ou problemas cardíacos, por exemplo, o número de mortes no Acre comprova que a Covid-19 é perigosa também para quem é considerado saudável, já que 40% das mortes são de pessoas sem nenhuma comorbidade.

Acre já tem mais de 1.100 mortes por Covid-19 – Foto: Sérgio Vale/ac24horas.com

Infelizmente, a mortalidade pela pandemia chegou em todos os municípios acreanos. Rio Branco concentra 694 óbitos, o que corresponde a 60,88% dos mortos. O menor número de óbitos no Acre está no Jordão, onde apenas um morador foi vítima fatal da Covid-19.

Com um cenário cada vez mais caótico onde, nas últimas semanas, virou comum a morte de pelo menos 10 pessoas todos os dias e a confirmação de mais de 400 novos casos diariamente, resta a população esperar que as autoridades consigam adquirir quantidade de vacina suficiente para acelerar a campanha de imunização, para quem sabe, daqui um ano, aí sim, a Covid-19 possa ser apenas uma triste lembrança.

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Publicado por
folha do acre

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