Por Alcinete Gadelha e Iryá Rodrigues, G1 AC
O Hospital João Câncio,em Sena Madureira, no interior do Acre, foi alvo de uma fiscalização, na última quinta-feira (5), que constatou o descarte irregular de lixo hospitalar que está sendo jogado em uma fossa na área externa do hospital e a falta de medicamentos como dipirona, tramal, tenoxican e cefalotina.
A fiscalização foi feita pelo Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) em conjunto com o Ministério Público do Acre (MP-AC). A unidade de saúde passa por obras de ampliação e reforma da estrutura física e tem atuado de forma precária em alguns setores, segundo o órgão.
A reportagem, Jairo Cassiano, diretor do hospital, disse que soube que também está apurando o fato e que deve tomar providências. E que alguns medicamentos já foram repostos.
“Estou sabendo que tem algumas coisas que não estão sendo feitas de uma forma adequada e estou apurando e vou tomar as providências, agora preciso primeiro ser notificado para eu poder saber”, disse.
O conselheiro do CRM, responsável pela fiscalização, Marcus Vinícius Yomura, disse que a fiscalização ocorreu após uma denúncia a respeito das condições sanitárias do hospital e que há uma rotina de fiscalização no local.
“Conforme foi documentado, averiguamos o problema da rede de lixo e de esgoto do hospital e para a gente acompanhar as obras. E também nós temos uma rotina de fiscalizações. O hospital de Sena Madureira é muito importante dentro da rede do estado porque ele está situado em uma cidade bem populosa e ele também acaba trabalhando como um hospital regional porque cobre Manoel Urbano, Santa Rosa do Purus e o pessoal de Boca do Acre”, explicou.
O diretor do hospital disse ainda que nesta sexta-feira (6) esteve em Rio Branco e estava levando alguns medicamentos.
“Parte dos medicamentos já estão sendo levados para o município. Estou com o carro cheio. Medicamentos nós estamos com um problema que não é só o hospital de Sena é a Sesacre inteira, por causa de questões de contratos que já vinham de outras gestões e agora o governador está tendo essa dificuldade de comprar esse medicamento, mas o que estava faltando, reconheço que estava e sempre que falta uma agulha no hospital, eu registro em relatório”, esclareceu.
Cassiano ressaltou ainda que alguns problemas do hospital são históricos, mas que a gestão está trabalhando para resolver as questões que estão pendentes.
“Todas essas questões históricas, que não vão ser em seis meses que vou resolver, mas, agora quem responde sou eu. O que vamos fazer, estamos com um processo de ampliação e reforma para reparar os erros de outras gestões de outros governos. Minha intenção jamais é de omissão”, pontuou.
De acordo com a fiscalização do CRM, o hospital contratou três novos médicos para auxiliar no atendimento da unidade. E que a gestão tem trabalhado para mudar o fluxo para atendimentos de casos efetivos de urgência e emergência, deixando os casos menos complexos para as Unidades Básicas de Saúde.