Ana Paula Batalha
Após 48 horas, em que membros de facções tentaram invadir a Unidade Prisional 4 (UP-4), conhecida como “Papudinha”, onde houve troca de tiros com a polícia e pessoas rendidas, a tensão voltou a operar em Rio Branco na noite desta quinta-feira (20).
Uma rebelião no Francisco D’Oliveira Conde, o maior do estado, deixou, ao menos, três detentos mortos e quatro feridos, de acordo com informações preliminares da Assessoria de Comunicação do Governo do Estado. A rebelião aconteceu nos pavilhões J, L e K. O tumulto continua ainda, segundo o governo, no pavilhão J. Pelo menos dois agentes penitenciários foram presos por terem fornecido armas aos detentos. Eles teriam repassado armamento para membros do Bonde dos 13 e do PCC, para atacarem membros do Comando Vermelho.
Durante a ocorrência, dois agentes penitenciários foram feitos reféns para que os policiais não matassem os detentos. Os presos conseguiram sair das celas e tomar as armas dos agentes, onde trocaram tiros com a polícia e invadiram os demais pavilhões.
O secretário de Segurança Pública, Emylson Farias comentou que 90% da rebelião foi controlada e que a polícia se prepara para entrar no pavilhão J.
“Nossa preocupação é com os internos, mas também com o público externo. Vários policiais estão nas ruas para garantir uma noite tranquila. A rebelião é entre as facções que disputam por domínio”, comentou.
As ruas de acesso ao Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) e do Instituto Médico Legal (IML) estão interditadas em decorrência das transferências dos detentos feridos e mortos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).Rebelião deixa três mortos e 90% do presidio já foi controlado pelo BOPE; dois agentes penitenciários são presos por fornecerem armas a detentos